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Nem Silvio salva! Na contramão do "BBB", 10 realities que floparam no país

Do UOL, em São Paulo

13/01/2016 07h30

Em sua 16ª edição, que estreia na próxima terça (19), o "Big Brother Brasil" é disparado o reality show mais longevo da TV brasileira e um dos que está há mais tempo no ar no mundo. 
 
Para se ter uma ideia, a versão americana do programa está uma edição à frente do "BBB" e o "American Idol", competição musical tradicional nos EUA, se despede neste ano com 15 temporadas. 
 
Não resta dúvida de que, fale mal ou bem, o "BBB" pegou. Mas nem todos formatos, inovadores como um dia foi o programa que confina gente comum em uma casa para disputar um prêmio em dinheiro, agradaram o grande público. A seguir, o UOL relembra realities que fracassaram no Brasil:

  • Ed Viggiani/Folhapress

    Território Livre (2000)

    "Casa dos Artistas" (SBT), "Big Brother Brasil" (Globo), "A Fazenda"? Que nada! No ano 2000, a Band saiu na frente ao apostar em um reality show com participação do público. Em "Território Livre", comandado pela ex-VJ Sabrina Parlatore, ainda que os participantes não ficassem propriamente confinados e nem precisassem ser vigiados 24 horas por dia, eles conviviam por algumas horas para realização de provas. Em vez de confessionário, deveriam indicar alguém para ser eliminado no "parlatório". Os espectadores participavam escolhendo quem não merecia mais continuar no programa. Assim como no "No Limite" ou nas provas de resistência do "BBB", os selecionados enfrentavam provas de conhecimentos gerais e até de testes psicológicos. O prêmio dado ao ganhador? R$ 7 mil! Quanta diferença para hoje em dia em que o "BBB" oferece R$ 1,5 milhão, não?

  • Divulgação

    Ilha da Sedução (2002)

    Sexo e traição são ingredientes com audiência garantida na televisão, certo? Nem sempre... Quando casais esquentando o edredom ainda começavam a causar polêmica no "Big Brother Brasil", o SBT estreou o picante "Ilha da Sedução". Espécie de mistura de "No Limite" com "Teste de Fidelidade", o programa baseado no americano "Temptation Island" pegava fogo ao testar a fidelidade de quatro casais que eram colocados à prova em um cenário paradisíaco na República Dominicana. Lançado no auge do "BBB", em 2002, a aposta do canal de Silvio Santos para repetir o sucesso da "Casa dos Artistas" fracassou e terminou bem distante dos números esperados na audiência. Teve apenas uma temporada e provou que nem sempre apostar em polêmica traz resultados satisfatórios.

  • Divulgação

    Apartamento das modelos (2002)

    Na esteia do sucesso da "Casa dos Artistas" e do "BBB", a RedeTV! testou um formato de confinamento, mas nunca mais quis se arriscar na experiência. Apresentado por Nelson Rubens, o "Apartamento das Modelos" foi gravado em um imóvel em São Paulo. Nele, oito modelos aspirantes a um contrato com a uma agência mostravam com uma câmera portátil o dia a dia delas.

  • Rocha Miranda/TV Globo

    O Jogo (2003)

    Se o "BBB" tem como premissa a vida real de seus moradores, o mesmo não pode ser dito do reality show "O Jogo", exibido pela Globo em 2003. Mesclando reality com ficção, o programa tinha até roteiro de novela. Aprovado como apresentador de programas do gênero em "No Limite", Zeca Camargo comandou a atração na qual os participantes deveriam desvendar um assassinato cometido em uma vila fictícia no sul do Brasil. Muito diferente da repercussão do "quem matou" de novelas como "Avenida Brasil" ou "Vale Tudo", os telespectadores não se empolgaram e "O Jogo", assinado pelo diretor Boninho, o mesmo do "BBB", teve seu fim decretado após as derrotas sofridas para o SBT.

  • João B. da Silva/Divulgação

    O Grande Perdedor (2005)

    Piscina, sombra e água fresca são mordomias que os brothers não teriam se aceitassem entrar em "O Grande Perdedor", reality com duas edições transmitidas pelo SBT. No programa, exibido em 2007, os gordinhos batalhavam contra a balança em uma rotina puxada de exercícios físicos. O participante que perdesse mais peso faturava o prêmio de R$ 300 mil. O SBT bem que tentou, mas apesar do sucesso lá fora a versão brasileira não vingou. A segunda temporada mudou até de nome em relação à primeira ("Quem Perde Ganha"), mas não teve jeito: o reality não ganhou continuação.

  • Divulgação/SBT

    Bailando por um sonho (2006)

    Silvio Santos parece ter se arrependido depois de ser acusado de plagiar o "Big Brother" com a sua "Casa dos Artistas". Aproveitando o sucesso do quadro "Dança dos Famosos", o animador comprou os direitos para exibição do "Bailando com as Estrelas" (inspirado no "Dancing With the Stars"). O empresário que já fez programa de auditório a reality show na TV era quem apresentava o concurso de dança aos sábados, que teve vida curta no SBT em 2006. Após promover algumas mudanças, como mudar o dia de exibição de sábado os domingos, Silvio resolveu nunca mais fazer novamente uma edição da competição que é um sucesso no mundo.

  • Divulgação/SBT

    Solitários (2010)

    Já imaginou um reality de confinamento nos moldes do quarto branco, cubículo onde os brothers do "BBB" são colocados em seus limites psicológicos? Esse programa existiu e foi produzido pelo SBT a primeira vez em 2010. Em "Solitários", nove participantes eram isolados em cabines individuais que lembravam celas solitárias. Sem comunicação com o mundo externo ou mesmo entre eles mesmos, os selecionados tinham contato apenas com uma voz, chamada de Val, que passava as orientações e provas que eles deveriam realizar para que apenas um conquistasse o prêmio de R$ 50 mil. Inspirada no formato americano "Solitary", a versão brasileira teve apenas duas temporadas. O SBT chegou a abrir as inscrições para uma terceira temporada, mas misteriosamente o programa nunca foi ao ar. Nada surpreendendente em se tratando de Silvio Santos, né?

  • Band/Divulgação

    Busão do Brasil (2010)

    Casa, ilha, cabine... por que não confinar aspirantes a um prêmio milionário dentro de um ônibus? Talvez você não se lembre, mas muito antes de acertar com o "MasterChef", a Band testou um formato no míminio irreverente. Apresentado por Edgard Picolli, o "Busão do Brasil" levava 12 participantes em um ônbus que percorreu, durante três meses, 11 estados. Eliminados semanalmente, eles eram submetidos a provas realizadas nas paradas da viagem. Um único passageiro consagrou-se o vencedor. O "Big Brother" da Band mudou de horário, mas sofreu para atrair a atenção dos espectadores. Não adiantou muito a emissora se valer do slogan de "primeiro reality show móvel do Brasil". Ficou no primeiro e último.

  • Thiago Monteiro/Divulgação

    Projeto Fashion (2011)

    Nem todos os realities que fazem sucesso lá fora, como você deve ter percebido nesta lista, repetem o êxito quando produzidos no Brasil. Aclamado reality de moda, o "Project Runway" foi um fiasco ao ser realizado pela Band. Adriane Galisteu se tornou a Heidi Klum brasileira, mas mesmo o prestígio da apresentadora e o formato bem sucedido nos Estados Unidos não trouxeram audiência para o programa. A disputa entre estilistas que tinha como mentor o renomado Alexandre Herchcovitch foi encerrada na primeira temporada.

  • Edu Moraes/Record

    Got Talent Brasil (2013)

    Nada mais do que uma versão repaginada dos shows de calouros, o "Got Talent Brasil" ficou devendo ao seu formato britânico, que lançou o fenômeno musical Susan Boyle. Com Rafael Cortez como apresentador e Daniella Cicarelli, Sidney Magal e Milton Cunha no painel de jurados, o programa que foi ao ar pela Record em 2013 escolheu como vencedor o pernambucano Domingues da Palha, que impressionou pelo talento de tocar clássicos com folha de coqueiro. O talent show até que estreou bem, mas perdeu audiência ao longo das semanas e acabou tendo sua final antecipada. A Record chegou a cogitar uma segunda edição, o que acabou não acontecendo.