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Bruno Mazzeo "atenta contra a própria profissão”, responde Rafinha Bastos

Mauricio Stycer

16/03/2012 20h30

Em comentário publicado na manhã desta sexta-feira no Facebook, e reproduzido aqui no blog, o humorista Bruno Mazzeo opinou sobre a polêmica ocorrida no espetáculo de humor "Proibidão", quando um músico negro se sentiu ofendido por uma piada de conteúdo racista e chamou a polícia.

"Chamar um negro de 'macaco', como fez o rapaz semana passada em Sampa, o que gerou até policia, não tem nada a ver com humor", escreveu Mazzeo, referindo-se ao comediante Felipe Hamachi.

No final da tarde, outro humorista, Rafinha Bastos, saiu em defesa de Hamachi e criticou Mazzeo:  "Teu texto atenta contra a tua própria profissão, amigão", escreveu. Veja o comentário postado por Rafinha:

Não gostarem da piada, acho justo. Processarem o comediante, acho justo. Odiarem a família dele, acho justo. Mas pegue o meu exemplo. Estou:

– Proibido por lei de fazer certos comentários sobre determinados grupos de pessoas;
– Perdendo processos judiciais;
– Ameaçado de ir parar na cadeia (sim, essa possibilidade ainda não está descartada).

Você não acha que é preciso fazer uma análise profunda sobre a questão da liberdade de expressão?

Teu texto atenta contra a tua própria profissão, amigão.

Não julgo se a piada foi boa, ou não. Piadas precisam de contexto e só quem tem isso é quem estava no local, mas venho aqui dar o meu apoio ao comediante Felipe Hamachi.

Acerte, erre, mas não seja Bruno Mazzeo, digo, bundão.

Em tempo: Não aprovo o desrespeito contido no final da mensagem, mas acho positivo o debate entre humoristas.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.