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Girando em torno do concurso de modelo, Totalmente Demais está chata demais

Mauricio Stycer

10/02/2016 05h03

totalmentedemaiselisabeijarthurEliza (Marina Ruy Barbosa) ama Jonatas, mas precisa se afastar dele para focar no concurso de modelos, única chance de tirar sua família da miséria e trazê-la para a cidade grande. Por amar Eliza, Jonatas (Felipe Simas) não consegue ficar longe da sua "ruivinha" e, em toda etapa do concurso, atrapalha a namorada, colocando em risco o sonho dela.

Carolina (Juliana Paes), diretora da revista que criou o concurso, fez uma aposta com Arthur (Fabio Assunção), dono da agência de modelos de Eliza, e faz de tudo, em toda etapa, para prejudicar a "ruivinha". Seu assistente, Pietro (Marat Descartes), em toda etapa a lembra que não pode trapacear, mas não faz nada para impedir as suas trapaças.

Outra candidata no concurso é Cassandra (Juliana Paiva). Em toda etapa ela faz alguma trapalhada, mas pede ajuda à "santa Kim Kardashian" e é salva por pouco da eliminação.

Lu (Julianne Trevisol), assistente de Carolina, é apaixonada pelo fotógrafo do concurso, Rafael (Daneil Rocha), mas decidiu fingir ser amiga dele para conquistá-lo. Em todo capítulo ela leva uma patada dele.

Leila (Carla Salle), estagiária de Lu, está a fim de Jonatas e faz de tudo para ele se esquecer de Eliza. Sem sucesso, é claro, virou uma chata. Já Carolina percebeu que Arthur começou a se interessar por Eliza, o que tem provocado crises de ciúme diárias.

Na prova da última etapa do concurso, inventada por Carolina, as candidatas deviam dar um "beijo técnico" no ator Henri Castelli, mas é óbvio que Eliza "treinou" antes com Arthur e a diretora da revista viu tudo (imagem no alto).

"Totalmente Demais" estacionou neste concurso e tem girado em looping, de forma incessante, em torno de algumas poucas variações destas situações. Lamento dizer isso, porque sei que é um trabalho sério, mas a novela das 19h está chata demais.

Não sou o primeiro a notar este problema – Nilson Xavier criticou a trama pelo mesmo motivo há um mês. Mas temo, se a novela não se reinventar, que mais pessoas vão reclamar e o folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm vai perder a simpatia que conquistou no início.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.