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Campanha de fim de ano da Globo copia vídeo em homenagem ao Foo Fighters

Mauricio Stycer

20/11/2017 12h56


Lançada neste domingo (19), durante o "Fantástico", a nova campanha de fim de ano da Globo parece um remake de um vídeo gravado por fãs italianos do Foo Fighters, em 2015. A emissora diz que foi "uma das referências" usadas.

No esforço de convencer a banda de Dave Grohl a fazer um show na cidade de Cesena, o coletivo Rockin´ 1000 gravou uma versão muito especial de "Learn to Fly". Mil pessoas, ao ar livre, tocando instrumentos, cantam e interpretam a música. Veja abaixo:

O vídeo, muito profissional, tem tomadas aéreas e inúmeros outros detalhes idênticos ao vídeo divulgado pela Globo com a sua tradicional mensagem. Após a divulgação desta impressionante homenagem é claro que a banda se apresentou em Cesena.

A campanha da emissora (veja abaixo), criada por Sergio Valente, Mariana Sá, Leandro Castilho, Mônica Tommasi e Alexandre Tommasi, certamente se inspirou no vídeo em homenagem ao Foo Fighters.

São, igualmente, mil pessoas, entre músicos, atores, jornalistas e colaboradores da emissora, reunidos ao ar livre, em uma área dos Estúdios Globo, para cantar e tocar a música. A gravação, com takes aéreos e closes em detalhes, é idêntica à feita pelo grupo Rockin´1000 de "Learn do Fly".

O único problema é não reconhecer a inspiração. No longo texto enviado à mídia, a Globo descreve em detalhes como foi feita a campanha, mas em momento algum cita a fonte que inspirou a criação.

Procurada pelo blog, a emissora reconheceu que o vídeo do Rockin´1000 com a versão de "Learn to Fly" é "uma das referências" da campanha. O vídeo, inclusive, foi enviado ao elenco convidado para participar da gravação no intuito de "dar uma ideia do resultado que queríamos alcançar", disse. A Globo enviou ao blog o seguinte comentário

"A ideia nasceu de uma evolução da campanha do ano passado. No ano passado todos cantaram juntos. Esse ano queríamos que todos tocassem juntos, pois vimos que tínhamos, entre os nossos profissionais, muitos que tocavam instrumentos, que eram músicos, cantores. E queríamos também ter representados os vários ritmos do Brasil tocados juntos.

A do Foo Fighters foi uma das referencias. Tanto que a usamos internamente no convite ao elenco para dar uma ideia do resultado que queríamos alcançar. Essa foi uma referência que surgiu depois de termos tomado a decisão pela ideia da grande banda brasileira. Mas não foi a única. Uma das referências de clima foi também a de uma ação de fãs cantando juntos Beatles na Trafalgar Sq, em Londres.Juntas, essas referências ajudaram a construir a evolução do encontro do ano passado. E já estamos pensando na do ano que vem!"


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.