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Record promete “telejornal feito em stories, tuites e memes”

Mauricio Stycer

05/09/2019 14h42

Sérgio Aguiar e Janine Borba serão os apresentadores dos quatro boletins do JR ao longo do dia

A Record TV anunciou oficialmente nesta quinta-feira (05) o seu novo investimento em jornalismo – quatro edições curtas do "Jornal da Record" ao longo da programação, acrescentando 45 minutos por dia de notícias ao vivo, com estreia na próxima segunda-feira (09). O principal telejornal da emissora também vai estrear novo cenário e vinheta.

Como antecipou o colunista Ricardo Feltrin no último sábado (31), com esta novidade a emissora passa a exibir 14 horas diárias, de segunda a sexta, de jornalismo.

Os apresentadores Janine Borba e Sérgio Aguiar vão se revezar no comando dos quatro novos boletins, de cerca de 10 minutos cada – um pela manhã, dois à tarde e um à 0h30. Para compensar, os programas "Hoje em Dia", "Cidade Alerta" e as reprises de novelas vão perder parte do tempo. Celso Freitas e Adriana Araújo seguem no comando do "Jornal Record" principal.

Antônio Guerreiro, vice-presidente de jornalismo, prometeu que as quatro edições curtas do JR não vão repetir notícias e sempre terão entradas ao vivo de repórteres da emissora.

Guerreiro disse que, ao assumir o cargo, no início de 2019, recebeu a missão de "reinventar a maneira de levar a notícia ao espectador". Neste esforço, a Record contratou quatro profissionais para uma área que está sendo chamada de "jornalismo de dados".

Trata-se de acompanhar nas redes sociais os assuntos que mais interessam o espectador (trends) e levar estes temas para os telejornais da emissora em todas as plataformas existentes. "Vamos fazer o telejornal onde o espectador estiver, em stories (Instagram), em tuites (Twitter) e memes (Facebook)", disse.

Outra novidade, que será vista no estúdio do JR na segunda-feira, é um telão vertical. "Pode mandar a imagem em pé, sem problemas", disse Guerreiro. O comentário foi entendido como uma referência a William Bonner, da Globo, que insistiu com os espectadores, no ano passado, que enviassem vídeos na horizontal para o "Jornal Nacional".

"As pessoas querem se ver no jornal. Temos um pacto com o telespectador que vai se intensificar agora", disse Adriana Araújo.

Janine Borba prometeu que os boletins ao longo do dia vão dar notícias de forma cuidadosa: "Não será uma sangria desatada. Não é encher a cabeça do espectador, senão a gente não informa nada", disse. Segundo Sergio Aguiar, o último deles, já de madrugada, será "mais analítico", com política e economia.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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