Menos é mais: Fernanda Gentil deveria ser a única apresentadora do Se Joga
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No segundo episódio do podcast UOL Vê TV, mesa-redonda semanal sobre a televisão brasileira, Maurício Stycer, Flávio Ricco e eu discutimos sobre o futuro do Se Joga. A novidade na grade vespertina da Globo ainda carece de rumo.
Aproveito o ensejo para compartilhar um texto com algumas observações sobre o programa. Ouça o podcast ou continue a leitura logo abaixo do player.
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A INVENÇÃO DA SOLIDÃO
Quando anunciaram que Fernanda Gentil apresentaria o Se Joga na companhia de dois humoristas, brinquei que ela havia feito inimigos poderosos na Globo. A mistura de jornalistas com atores não tem um bom histórico na TV. Quem lembra de Marisa Orth apresentando o BBB ao lado de Pedro Bial? Pouca gente, e não é por acaso: ela saiu do reality meio que na mesma época que Caetano Zonaro, o primeiro ex-BBB da história da humanidade.
O Encontro com Fátima Bernardes também começou cheio de gracinha. Junto da personagem-título, tentaram animar as manhãs pós-TV Globinho algumas figuras como Victor Sarro, Marcos Veras e Felipe Andreoli. Por melhor que eles possam ser, a presença constante dos profissionais do riso deixava as interações muito forçadas.
Vive o mesmo drama Fernanda Gentil, que deveria apresentar o Se Joga sozinha. Nada contra Fabiana Karla e Érico Brás, exímios artistas contemporâneos. Mas o jogral empreendido pelo trio não permite que o programa ganhe personalidade. É um pastiche, ainda desprovido de alma.
Um bom caminho seria efetivar Gentil como âncora e deixá-la com mais liberdade para imprimir ritmo próprio, entrando de cabeça nas pautas que a Globo pretende trafegar no começo da tarde. Karla e Brás poderiam ser aproveitados em quadros específicos, como entrevistas com o povão nas ruas, algo que o Casseta & Planeta fazia tão bem.
Os melhores e mais longevos programas de entretenimento têm suas trajetórias construídas em torno dos apresentadores. O Domingão é do Faustão, mesmo usando e abusando de formatos internacionais. O mesmo serve para Ana Maria Braga, Luciano Huck, Serginho Groisman e tantos outros. Além disso, a cultura youtuber reforça essa tendência de conteúdo em cima de características pessoais.
Fernanda Gentil já demonstrou ao longo da carreira que possui carisma, talento e grande capacidade de improviso —qualidades mais do que suficientes para a missão.
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Será que o Se Joga tem salvação? Ouça o debate no podcast UOL Vê TV no Spotify, Google, Deezer, Apple ou YouTube.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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