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Flávio Ricco


Repórter reivindica autoria da elucidação do caso "Grávida de Taubaté"

Maria Verônica Aparecida Vieira, a "Grávida de Taubaté" - Jorge Araujo/Folhapress
Maria Verônica Aparecida Vieira, a "Grávida de Taubaté" Imagem: Jorge Araujo/Folhapress

Colunista do UOL*

14/03/2017 07h00

A “Grávida de Taubaté”, com toda história inventada por uma professora de Taubaté, em 2011, ainda dá confusão.

Na semana passada, Chris Flores foi ao programa do Danilo Gentili no SBT, dizendo que foi ela quem desmascarou o caso, na época, ainda no “Hoje em Dia”, da Record.

Porém, Michael Keller, repórter da Record, procurou a coluna para informar que foi ele o responsável. Autorizado por sua chefia, ficou três dias na cidade e, através de laudos médicos, demonstrou que a gravidez era uma farsa.

“Verônica abriu B.O. contra mim, chamou polícia, enfim, passei por situações ruins. No fim ela reconheceu que enganou a todos”, lembra o profissional.

E agora?

Chris Flores, atualmente no “Fábrica de Casamentos” no SBT, deu sua versão do caso e esclarece que não tem intenção nenhuma de disputar a autoria da elucidação.

Lembra que na entrevista dada a Danilo Gentili, ela informa que “quem foi a Taubaté, foi o Michael[Keller]”.

“O que contei foi a experiência que eu vivi antes de o Michael ir para Taubaté. A história real é que o Michael fez a reportagem com ela, depois da TV Vanguarda/Globo, para o Domingo Espetacular”, diz a apresentadora.

Ela revela também uma conversa com o repórter nos bastidores da Record: “No dia em que ela[a suposta grávida] estava no Hoje em Dia, um dia após a matéria do Domingo Espetacular ir ao ar, ele estava acompanhando a grávida nos bastidores e não tinha desconfiado de nada ainda. Ao sair do ar, contei pra ele tudo o que tinha acontecido antes do programa, no meu camarim, e que estava desconfiada”.

Chris diz que sugeriu a Keller que investigasse porque desconfiava que tinha algo de errado.

“Foi então que ele foi para Taubaté com ela e fez a reportagem para o Domingo Espetacular. Não escondo isso na entrevista. Dou todos os detalhes. Só não cito o nome do Michael no SBT por uma questão de amizade e proteção, para não prejudicá-lo na Record. Na rádio 89 FM, dei a mesma entrevista e citei o nome dele. Tenho muito apreço pelo Michael, o respeito como profissional e amigo e jamais inventaria uma história sem a ter vivido”.

*Colaboração de José Carlos Nery

Flávio Ricco