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Flávio Ricco


Após polêmica, situação de Juninho Pernambucano é insustentável no SporTV

Juninho Pernambucano durante o "Seleção Sportv" - Reprodução/Sportv
Juninho Pernambucano durante o "Seleção Sportv" Imagem: Reprodução/Sportv

Colunista do UOL*

03/05/2018 00h05

Diante de tantas declarações polêmicas e ataques até mesmo ao comportamento da própria imprensa, ninguém mais aposta na permanência do comentarista e ex-jogador Juninho Pernambucano no SporTV.

Até por falta de ambiente, depois das críticas aos setoristas, a sua continuidade na emissora ficou bem comprometida.

Na ocasião, ele comentou a relação conturbada entre o meio-campista Diego, do Flamengo, com os torcedores do time e aproveitou a oportunidade para criticar também os setoristas, profissionais que cobrem o dia a dia dos clubes de futebol:

“Os setoristas são muito piores hoje em dia. Eu sei que eles ganham mal, mas cada um tem o caráter que tem. Se eu sou setorista, o que eu ia fazer: tentar fazer um ótimo trabalho para tentar ir para outra etapa, subir. Parte da imprensa também tem culpa na violência, porque há um excesso de pilha”.

E não parou por aí: “Já vi isso também de olhar para você, um jogador que é profissional, não tem formação e ganha R$ 100 mil. Tem um cara que está ali, estudou quatro anos, fez de tudo para se formar jornalista, para ser setorista e ganha mal. Talvez ele leva isso em consideração. É difícil você ganhar R$ 3 mil ou R$ 4 mil em uma sociedade e se você não for um cara fera, tem que entrevistar um cara que ganha mais e que você considera ele um ninguém”, declarou Juninho.

O Grupo Globo reagiu rápido, por meio de comunicado, deixando claro que o comentário em questão não agradou ninguém:
“Há bons e maus profissionais em todas as categorias. Temos mais de 30 setoristas trabalhando hoje no Grupo Globo e eles recebem aqui nossa confiança e solidariedade. Muitas vezes são eles que mais sofrem com o desequilíbrio e a eventual violência dos torcedores. Isso não quer dizer que o Juninho não tenha o direito à sua opinião, que é e continuará sendo livre. Mas é importante fazer esse registro”, destacou o texto lido por André Rizek.

*Colaborou José Carlos Nery

Flávio Ricco