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Mauricio Stycer

Crise da Igreja Universal em Angola é o tema principal do Jornal da Record

10.jul.2020 - Polícia de Angola faz busca e apreensão em endereço de um dos pastores da Igreja Universal do país - Reprodução/RecordTV
10.jul.2020 - Polícia de Angola faz busca e apreensão em endereço de um dos pastores da Igreja Universal do país Imagem: Reprodução/RecordTV

Colunista do UOL

13/07/2020 12h34Atualizada em 13/07/2020 20h56

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Desde sábado (11), o jornalismo da Record tem dado enorme atenção à crise que ocorre neste momento na Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. Edir Macedo, proprietário da emissora, é o fundador da igreja.

A IURD é alvo de uma investigação da Polícia Nacional de Angola e de uma disputa com pastores angolanos dissidentes dos brasileiros. Templos foram ocupados em ações que envolveram violência física.

Nesta segunda-feira (13), a mais longa reportagem do "Jornal da Record" foi dedicada ao assunto. Dos cerca de 50 minutos de duração do telejornal, nove trataram do assunto.

O JR descreveu a intenção de senadores formarem uma comitiva para ir a Angola acompanhar a situação de perto. Assim como havia feito na véspera, no "Domingo Espetacular", o telejornal ouviu diferentes autoridades brasileiras manifestando preocupação com a situação dos representantes brasileiros da igreja. E não trouxe nenhuma visão do "outro lado".

A reportagem de 17 minutos do programa dominical da Record também não deu voz aos dissidentes nem à polícia. Apenas foram ouvidos representantes da Igreja Universal e apoiadores em Angola, que fizeram acusações sobre atos de violência e abuso policial.

No esforço de demonstrar o apoio que tem no Brasil, a reportagem reproduziu falas de uma espécie de "força-tarefa" formada por 16 autoridades, representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e dos empresários. É um número que impressiona, além de ser bem pouco comum em reportagens sobre fatos políticos nos programas da Record.

Foram ouvidos oito senadores de vários partidos, dois ministros, dois governadores, um ministro do STF, o vice-presidente Câmara dos Deputados, um prefeito e o presidente da Fiesp. Todos expressaram uma mensagem semelhante - a preocupação com a situação dos representantes brasileiros da igreja no país africano.

Além de ouvir os ministros das Relações Exteriores e da Justiça, a reportagem também informou que o presidente Jair Bolsonaro enviou no domingo uma carta ao presidente de Angola tratando do assunto.

A reportagem trouxe depoimentos dos senadores Major Olimpio (PSL-SP), Nelsinho Trad (PSD-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Antônio Anastasia (PSD-MG), Carlos Viana (PSD-MG), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Também foram ouvidos o ministro Marco Aurelio Mello, do STF, os ministros Ernesto Araujo (Relações Exteriores) e André Mendonça (Justiça), o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), os governadores Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA) e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.