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Racista, esnobe, elitista; Andrea de "Mister Brau" destila preconceito

Do UOL, no Rio

22/04/2016 09h46

Fernanda de Freitas tem certeza: se a Andrea de "Mister Brau" estivesse numa novela do horário nobre, apanharia na rua. A dondoca espalha preconceito por onde passa contra negros, pobres e quem mais julgar não estar à sua altura. Mas a atriz acredita que é protegida de uma reação mais agressiva do público por se tratar de uma série de humor.

"A gente tem que retratar essas pessoas, porque elas existem. A gente vê na internet, mundo afora são vários casos. A gente está o tempo todo convivendo com esse tipo de pessoa", afirma a intérprete, que diz não ficar mal com as barbaridades que diz em cena.

"Levamos tudo na piada, na brincadeira. Mas, às vezes, quando leio os textos, penso: 'Meu Deus do céu", diz.

O UOL selecionou alguns dos maiores absurdos já ditos pela personagem.

Relembre algumas pérolas preconceituosas de Andrea

  • Reprodução

    Pagodeiros

    Logo na estreia do programa, Andreia desconfiou dos novos vizinhos e chamou a segurança do condomínio durante a madrugada. Ao ver que Brau (Lázaro Ramos) e Michele (Taís Araújo) eram chegados a uma festa, ficou horrorizada com a possibilidade de música nas alturas e gente na piscina o dia todo. "Meu Deus do céu, o que foi que eu fiz? Henrique (George Sauma), a gente vai ser vizinho de pagodeiro", disse.

  • Reprodução

    Vestidos pretos

    Ao dar de cara com Lima (Luis Miranda) na casa em frente, a dondoca logo deduziu que se tratasse do jardineiro da família. Ao ouvir que ele era músico, tentou consertar a situação, mas a emenda ficou pior que o soneto. "Claro, você tem a maior cara de músico. Eu não queria que você pensasse que falei isso pela sua cor, raça... Como se diz, segundo o politicamente correto, que uma pessoa é escura? Negro? Preto? Eu adoro preto, meu vestido tem vários vestidos pretos... ou negros", afirmou.

  • Reprodução

    Galo

    Incomodada com o canto de um galo na casa dos vizinhos, Andrea apela para o pai, o advogado Antônio Carlos (Daniel Dantas) para expulsá-los do condomínio. Diante da negativa, tem a típica reação de uma garota mimada e resmunga suas ofensas: "Sou vizinha de um aviário durante o dia e de uma escola de samba durante a noite. Vou fazer um despacho na encruzilhada com tamborim e galo preto".

  • Reprodução

    Desde quando rebolar é cultura?

    Como se não bastasse, no mesmo episódio, a personagem dispara sua metralhadora mais uma vez e escancara seu preconceito, ao ser alertada pelo pai de que sua postura é racista. "Você acha que sou racista só porque um absurdo esse tipo de gente desclassificada, sem berço, sem cultura, sem educação, morar num condomínio de luxo? Desde quando rebolar é cultura?", diz.

  • Reprodução

    Show e orgia

    Sempre despeitada com o sucesso de Brau e, principalmente, Michele, de quem morre de inveja, a vizinha tenta desqualificar o trabalho deles. Já se referiu ao show do casal como "uma orgia primitiva enlouquecida com urros lascivas, suor e álcool", mas não pensou duas vezes antes de tentar uma vaga no corpo de balé dos artistas

  • Divulgação/TV Globo

    Tia, puxadinho e vacina

    Na segunda temporada da série, Andrea continua dando seu show de antipatia e jogando veneno para todos os lados com frases como "Precisa tomar vacina para ir à Bahia?". Também demonstra todo seu desprezo por pessoas mais humildes com pensatas como "Esse povo só pensa em fazer puxadinho" e "Essa gente sempre tem uma tia doente".