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Zumbis, voyeurismo e dançoterapia: as novas tendências da TV

Bear Grylls em cena de "You vs. Wild" - Reprodução/Variety
Bear Grylls em cena de "You vs. Wild" Imagem: Reprodução/Variety

09/04/2019 13h01

Uma competição de aventura com zumbis, pais voyeuristas ou que se lançam no pornô, terapias ao estilo reality show... Conheças as tendências mundiais em matéria de entretenimento na televisão, apresentadas nesta terça-feira no MIPTV em Cannes.

- Interatividade, zumbis e bêbados

Os programas de aventura e jogos estão buscando fórmulas cada vez mais criativas. Em "You versus Wild", do Netflix, o famoso aventureiro britânico Bear Grylls propõe ao espectador que decida seu percurso em um ambiente hostil: ele deve seguir os passos desse macaco ou escalar uma árvore? Pode-se até escolher se ele vai comer ou não os insetos que encontra no caminho (uma de suas grandes especialidades).

Com "District Z" (França), desenvolvido pela emissora TF1, as equipes têm que sobreviver por duas horas a um ataque de zumbis que tentam "contaminá-los", e tentar resolver enigmas para encontrar barras de ouro.

"The Hangover games" (Reino Unido) quer tornar a vida difícil para os festeiros: eles são surpreendidos ainda na cama depois de uma noite memorável, e entre suas façanhas noturnas, mais ou menos humilhantes, eles devem preencher desafios loucos.

- Terapias de todos os gêneros

"Dance Therapy" (Holanda) dá treinamento intensivo de dança para casais à beira da ruptura, para tentar acertar seus relacionamentos. E em "Naked Beach" (Reino Unido), participantes insatisfeitos com sua imagem corporal são convidados ao naturismo na praia por uma semana, para se reconciliar com seus corpos.

Com "Therapy" (Bélgica), psicoterapeutas revelam as vidas e os tormentos internos de seus pacientes. Câmeras filmam as sessões, sem mostrar os pacientes que permanecem anônimos, mas os espectadores os ouvem como se estivem no local. Um mergulho confessional espantoso.

Em "Couples on the couch" (Reino Unido, onde é transmitido com o título mais explícito "Sex on the couch"), casais disfuncionais, uma veia decididamente inesgotável para os produtores, discutem sem qualquer tabu sua vida sentimental e sexual. Além dos aspectos potencialmente escabrosos, o exercício quer acima de tudo desencadear uma cascata de emoções.

Ainda mais original, "The weekends" (Bélgica) é uma terapia de grupo modo reality show: nove pessoas em crise pessoal se reúnem por sete finais de semana, durante os quais se abrem sobre suas dificuldades. Podemos acompanhar o progresso o recuo deles ao longo dos episódios.

- Solidariedade

Em "Been there, done that" (Holanda), celebridades ajudam pessoas que vivem os dramas que elas mesmas experimentaram e superaram: dependência química, anorexia, expulsão etc., com base em sua experiência.

Outra produção holandesa, "Yor money or my life" ajuda os pacientes a lançar campanhas participativas para financiar operações ou tratamentos de última chance que não podem pagar. Proporcionando incríveis impulsos de solidariedade entre os espectadores.

- Famílias voyeuristas e mães que fazem pornô

O programa "Family or fiancé" (Estados Unidos) coloca sob o mesmo teto casais que acabaram de noivar e suas famílias hostis à união, com testes a serem resolvidos em conjunto.

Os sogros são mais intrusivos do que nunca graças ao programa britânico "Parental Guidance", que envia casais a uma mansão romântica para testar seu relacionamento. Mas, na realidade, é para permitir que seus pais, que duvidam de sua compatibilidade, os assistam em todas as suas ações, através de câmeras que os filmam, inclusive no quarto e durante as festas quentes no jacuzzi. Sequências então comentadas em família...

"21 again", também produzido no Reino Unido, aposta na cumplicidade entre mãe e filha: as mães se colocam na pele de jovens da mesma idade que os seus descendentes, para entender melhor suas vidas, seus amores e "LOLs".

Por fim, em "Mums make porn", outra pérola da televisão britânica, mães de adolescentes se lançam no projeto de um filme pornô, com a ajuda de profissionais do gênero, para propor uma proposta mais decentes aos vídeos assistidos por seus adolescentes, que elas consideram muito chocantes e/ou degradantes.