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Filho da rainha Elizabeth 2ª se diz arrependido de frequentar casa de Epstein

Reuters
Imagem: Reuters

Da EFE

16/11/2019 13h47

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth 2ª, admitiu que errou em ter frequentado a mansão de Jeffrey Epstein, o magnata acusado de tráfico sexual de crianças e que morreu enforcado em sua cela em Nova York.

O Duque de York fez um "mea-culpa" durante a entrevista que será transmitida neste sábado pela "BBC" e gravada na última quinta-feira no Palácio de Buckingham, mas alguns trechos foram divulgados hoje pela emissora.

O príncipe, cuja amizade com Esptein causou polêmica no Reino Unido, reconheceu que sua permanência na residência do magnata não deveria ter acontecido por ele ser um membro da família real britânica.

A mídia trouxe à tona essa amizade e publicou há alguns meses algumas fotos, do ano de 2010, em que o duque foi visto na mansão de Epstein, em Nova York, se despedindo de uma jovem enquanto ela deixava o local.

Esta é a primeira vez que o príncipe, de 59 anos, fala publicamente sobre sua ligação com o empresário, que foi encontrado morto em sua cela em Nova York, no dia 10 de agosto deste ano, após ter sido preso acusado de criar uma rede de tráfico sexual de menores.

Quando questionado o motivo dele ter ficado na casa do magnata depois da primeira condenação do empresário, Andrew respondeu ser algo que ele lamenta "todos os dias" e não deveria ter feito "pois ele é membro da família real e (porque) nós tentamos manter o nível mais alto de comportamento e isso não ajudou", afirmou.

Virginia Giuffre, uma das 16 mulheres que acusaram Epstein de abuso, chegou a afirmar em depoimento que foi obrigada a manter relações sexuais com o Duque de York, quando tinha 17 anos.

Na entrevista, o príncipe disse não se lembrar de ter conhecido a jovem, apesar de ela ter dito que na ocasião, em 2001, dançou com ele e que mantiveram relação sexual no chão de um amigo do duque, em Londres.

"Não me lembro de ter conhecido essa senhora, absolutamente nada", disse ele.

Além de Virginia, outra mulher, identificada como Johann Sjoberg, disse, de acordo com seu depoimento nos EUA, que o príncipe tocou seus seios enquanto os dois estavam sentados em um sofá no chão da casa de Epstein, no ano de 2001.

O Palácio de Buckingham já havia se pronunciado antes, dizendo que essas acusações eram "falsas" e "infundadas" e que "qualquer sugestão de comportamento inapropriado com menores não era verdadeira".

O príncipe conheceu Epstein em 1999 e desde então eles se encontraram várias vezes. EFE