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Príncipe Andrew perde patrocínio após polêmica entrevista

Lillian Suwanrumpha/AFP
Imagem: Lillian Suwanrumpha/AFP

Da EFE

19/11/2019 16h04

O príncipe Andrew perdeu o apoio do grupo de contabilidade da KPMG, enquanto outras instituições analisam seus vínculos com o filho da rainha Elizabeth II, após a entrevista onde ele falou sobre sua amizade com o americano Jeffrey Epstein.

Durante entrevista à emissora "BBC" publicada no último sábado, o Duque de York comentou sobre sua ligação com o magnata americano, acusado de tráfico sexual de crianças. Na ocasião, o príncipe negou ter mantido relações com uma menor ligada ao empresário.

No entanto, as respostas do príncipe deixaram abertas inúmeras perguntas sobre sua amizade com Epstein e muitos comentaristas questionam que Andrew não se lembrava de Virginia Giuffre, a americana que o acusa de ter tido relações sexuais com ela quando era uma jovem de 17 anos, embora haja uma foto deles juntos.

A imprensa também questionou a afirmação do príncipe de que ele havia ido a uma pizzaria perto de sua casa, nos arredores de Londres, na noite em que, segundo Virginia, eles tiveram relações íntimas na casa de um amigo na capital britânica.

A chuva de críticas contra o príncipe levou várias instituições a estudar as possibilidades de cortar os laços com Andrew.

A organização contábil KPMG informou ter decidido não renovar seu apoio ao projeto de negócios do monarca, destinado a ajudar os empreendedores.

Além disso, a empresa farmacêutica AstraZeneca disse ao jornal "The Daily Telegraph" que está revendo seu próximo contrato com o projeto do príncipe, que termina no final do ano e pode não ser renovado.

A isso acrescenta-se a decisão de Aon, uma corretora de seguros, de solicitar a retirada de seu logotipo do site do "Pitch @ Palace", o projeto do príncipe, onde aparece como um "parceiro global".

Virginia Giuffre afirmou ter mantido relações íntimas com o príncipe em três oportunidades, entre 2001 e 2002, uma delas no apartamento um amigo em Londres, outra em Nova York e a terceira nas Ilhas Virgens.

Na entrevista, Andrew admitiu ter se hospedado diversas vezes na residência do empresário nos EUA. Mas ele garante que nunca suspeitou que houvesse comportamento inadequado por parte da Andrew, condenado em 2008 a 18 meses de prisão por tráfico sexual de crianças e que no mês de agosto morreu enforcado dentro de sua cela em Nova York.