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Após gastar mais de R$ 6 bilhões, TV Brasil dá menos ibope que Rede Vida

Franklin Martins, idealizador da TV Brasil, canal que consome mais de R$ 500 milhões por ano - Nelson Almeida/UOL
Franklin Martins, idealizador da TV Brasil, canal que consome mais de R$ 500 milhões por ano Imagem: Nelson Almeida/UOL

Colunista do UOL

29/02/2016 06h28Atualizada em 29/02/2016 19h44

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Famoso "depósito" de empregos destinado aos amigos do governo, a TV Brasil começa 2016 com a mesma audiência desde sua fundação: zero de ibope. Ou, para ser absolutamente exato: 0,14 ponto de ibope. Desde 2007, quando foi criada, estima-se que já tenha custado mais de  R$ 6 bilhões ao país.

Em outras palavras, 0,14 ponto de ibope está naquela "região" que os especialistas chamam de “traço de audiência”. É um resíduo, uma espécie de poeira, um público praticamente inexistente. Pode-se dizer até que o telespectador da TV Brasil é quase um “fantasma”.

Desde a crise que assola o país, não se falou nenhuma vez em cortes em seus inchadíssimos quadros profissionais da emissora, quiçá para ajudar o país a fechar suas desmilinguidas contas.

A emissora de TV estatal foi lançada no governo Lula, pelas mãos do “visionário” jornalista Franklin Martins (ex-Globo).

O canal tem inclusão obrigatória em todas as operadoras do país e, ainda assim, amarga hoje o 41º lugar de audiência, segundo dados consolidados no PNT (Painel Nacional de Televisão).

A TV Brasil tem menos audiência que emissoras de TVs centenas de vezes menos custosas, como Rede Vida (40º), TV Aparecida (39º) ou TV Cultura (30º).

Em números, a TV Brasil tem o mesmo ibope de canais como Animal Planet e Boomerang, que são pagos e ainda assim nem estão nos pacotes básicos de algumas operadoras.

O que é pior mesmo é que essa emissora, que consome centenas de milhões de reais por ano, tem suas maiores (sic) audiências apenas quando está exibindo programação de terceiros, como a Cultura, ou programas infantis estrangeiros, como “Pingu”.

Como TV, em termos de criatividade e qualidade, merece nota zero. Ou, para ser bem justo, nota 0,14.