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"Avisei que iam ficar com ódio", diz Adriana Garambone sobre volta de Yunet

Yunet (Adriana Garambone) de volta ao palácio em "Os Dez Mandamentos" - Munir Chatack/TV Record
Yunet (Adriana Garambone) de volta ao palácio em "Os Dez Mandamentos" Imagem: Munir Chatack/TV Record

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

22/09/2015 16h59

O retorno de Yunet ao palácio já mobilizou os fãs de "Os Dez Mandamentos", que não esperavam que a vilã se reerguesse tão cedo. Quer dizer, cedo não é bem a palavra, já que ela passou 20 anos como mendiga - só que o castigo foi considerado até pouco para dar conta de um currículo tão pesado. Mas o retorno vai marcar a pior fase da personagem, já que ela volta com sede de vingança e uma de suas armações vai culminar na morte da princesa Henutmire (Vera Zimmerman) nos próximos capítulos. 

"Acho que essa é a principal maldade da Yunet", diz Adriana, que se diverte com as reações apaixonadas dos telespectadores nas redes sociais. "As pessoas estão divididas, está engraçado. Meus fãs, que me seguem no Instagram, têm comentado que estão com um pouquinho de raiva. Mas eu já sabia que isso ia acontecer. As pessoas estavam torcendo para ela voltar. Mas quando chegaram os capítulos, eu avisei que iam ficar com ódio. E foi exatamente o que aconteceu", afirma.

A atriz faz mistério sobre o desfecho da personagem, que, inclusive, já está gravado. "Não estava previsto esse retorno, ela ficaria mendigando, mas a Vivian (de Oliveira, autora da novela) mudou de planos. Fiquei sabendo já há algum tempo. O que eu posso dizer é que ela vai ser punida sim", conta.

Segundo Adriana, o tom mais cômico, que marcou a fase da personagem nas ruas, ficou para trás. "As pessoas não acreditavam nela, ela ficou vista como uma louca. Mas depois que ela tem o poder de volta, passa a ficar muito sério. Aí que se estabelece a ganância, a inveja, a soberba. Ela voltou a viver tudo aquilo que ela gosta de viver. O poder que ela tem nas mãos é usado de forma tirânica", analisa.

E por que a personagem, definida pela própria intérprete como "encarnação do mal", desperta reações tão intensas do público? "Os hebreus são o povo que sofre, e os egípcios são vilões entre aspas, porque representam o poder opressor. Mas ali eles acreditam que são deuses, não tem uma maldade direta. Eles acreditam que o povo deve servir porque é o desígnio dos deuses, não é uma vilania tão explícita. A Yunet é quem representou a maldade pura, a pessoa que não mede esforços para conseguir o que quer. Esse tipo de vilão que o público não suporta", diz.