Topo

"Cresci sem ter um casal negro que me representasse", diz Taís Araújo

Lázaro Ramos e Taís Araújo atuam juntos na série "Mister Brau" - Sergio Zalis/Globo/Divulgação
Lázaro Ramos e Taís Araújo atuam juntos na série "Mister Brau" Imagem: Sergio Zalis/Globo/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/10/2015 13h11

Taís Araújo é uma das estrelas da série “Mister Brau”, ao lado do marido, Lázaro Ramos. Mas a atriz por muito tempo não teve referência de mulher negra nem de casal negro com que se identificasse durante sua infância e adolescência – e por isso hoje tem orgulho de ser um exemplo para outras mulheres.

“Cresci sem ter um casal negro que me representasse”, afirma a atriz em entrevista à “Cosmopolitan” de outubro. “As próprias atrizes negras que existiam quando era pequena erasm muito mais velhas que eu, com idade pra serem minhas avós, minhas mães... Era muito distante de mim. Eu não tinha esse referência. Então, hoje quando vejo comentários de que sou exemplo de mulher negra, que o Lázaro e eu somos um exemplo de casal negro além te achar importante de existir isso, fico superorgulhosa. Não acho que é peso, não. É uma alegria, de verdade”.

Casada desde 2011 com Lázaro, com quem tem Maria Antônia, de três meses, e João Vicente, de três anos, Taís revelou que os dois acabam misturando vida pessoal e profissional quando trabalham juntos. “Cara, fica tudo meio misturado, sabe? Muito misturado, na verdade. [Risos] Porque por mais que a gente faça outras coisas juntos, nosso tempo é muito dentro do trabalho. Às vezes, eu não tenho outra oportunidade de falar com ele algum assunto privado, por incrível que pareça. Aí, a gente resolve meio nos intervalos.”

Taís ainda contou que não lida tão bem com o dinheiro como Michele, sua personagem em “Mister Brau”, mas que toma cuidado com ele. “Adoraria saber lidar com dinheiro tão bem quanto a Michele, porque ela realmente é um fenômeno. Não sei lidar tão bem quanto ela, mas não sou uma desorganizada, não. Meu dinheiro é cuidadinho. Eu tomo as rédeas dos negócios. Tenho um pai economista, que me ajuda muito e me ensinou a ter uma relação saudável e de respeito com o dinheiro. Ele tem uma frase maravilhosa: ‘Dinheiro não aceita desaforo’. E essa frase é um guia pra mim. Porque é verdade. Não é pra sair gastando, tem que pensar no futuro dos filhos, na minha velhice, claro. Mas, ao mesmo tempo, trabalho pra ter meus prazeres”.