Sexismo? Bajulação? Veja diferenças entre o "The Voice" nos EUA e no Brasil
Elas sabem bem como é viver em ambientes masculinos: foram vocalistas de bandas de sucesso, são mães de meninos e são minoria no "The Voice". Nos EUA, Gwen Stefani diz que já chegou a ser preterida por alguns candidatos por ser a única mulher do recinto, mas no Brasil não há situação semelhante. Pelo menos é o que garante Claudia Leitte, que estreia nesta quinta-feira (1º) ao lado de Carlinhos Brown, Lulu Santos e o recém-chegado Michel Teló a quarta temporada do reality musical.
"Aqui é tudo muito igual, não tem essa misoginia. Estou aqui como mulher brasileira, forte, trabalho para caramba pelo meu candidato, todo mundo sabe disso. Tenho dez anos de estrada para compartilhar e amo a música, em primeiro lugar e acima de tudo. Além do mais, mulher sempre tem mais sedução, mais poder, viu? Eles que não vacilem comigo não", brinca.
Mas Gwen afirma que algumas candidatas são "estúpidas" por escolherem os técnicos homens em vez dela. "Talvez seja paranoia minha. Mas nas audições às cegas há um monte de meninas novinhas, e não tenho sido escolhida muitas vezes porque sou a única garota. Meninas são tão tontas nesta idade! Estive no lugar delas e entendo que elas pensem: ‘Vou escolher o Pharrell e vamos nos pegar depois’. Mas sei exatamente o que fazer!", diz Gwen, que disputa os participantes com Adam Levine, Blake Shelton e Pharrell Williams na atração, atualmente em sua nona temporada, exibida no Brasil pelo canal pago Sony.
Meninas são tão tontas nesta idade! Estive no lugar delas e entendo que elas pensem: ‘Vou escolher o Pharrell e vamos nos pegar depois’. Mas sei exatamente o que fazer!
Gwen Stefani
O que faz a diferença
Autor de uma das músicas mais tocadas dos últimos anos mundialmente, o hit “Happy”, Pharrell disse que pouca gente executa a canção na tentativa de impressioná-lo. E se cantassem? Funcionaria? "Eu me impressiono muito mais por uma voz única e pela vibração que emana dela. Por exemplo, você pode ter uma voz incrível, mas o que faz alguém querer vê-lo de novo?", argumenta.
No "The Voice Brasil", Lulu Santos garante que a escolha de uma música de seu repertório não influencia. "Não vai ficar mais simpático. Tenho que fazer um pequeno esforço de separar simpatia de talento, mas eu sei fazer isso. Não funciona como um truque. Agora, se a pessoa defender legal, duplica minha emoção e a intensidade do meu encontro com ela", analisa.
Eu me impressiono muito mais por uma voz única e pela vibração que emana dela. Por exemplo, você pode ter uma voz incrível, mas o que faz alguém querer vê-lo de novo?
Pharrell Williams
Bromance
Ao contrário do reality brasileiro, em que as vitórias estão empatadas até agora – uma de Brown, outra de Claudia, e a terceira de Lulu –, na versão americana, Blake já elegeu um vencedor quatro vezes. Por isso a reportagem resolveu perguntar se o bicampeão Adam tinha algum plano para bater a marca do principal adversário, com quem mantém um divertido "bromance" desde o início do programa.
“Bater ele? Sim. Fisicamente bater nele? Definitivamente não. Ganhar o ‘The Voice’ para os treinadores é divertido. Sou supercompetitivo e adoro ganhar, mas prefiro apenas acreditar que a pessoa que venceu era a pessoa certa. Essa é a verdade. Mas é claro que eu preferiria que fosse alguém da minha equipe a pessoa certa para vencer... Além disso, eu me satisfaço em vencer o Blake em outros assuntos que me dão mais satisfação", brinca o vocalista do Maroon 5.
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