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"Não é uma novela fácil", diz Silvio de Abreu sobre "A Regra do Jogo"

Silvio de Abreu - Cadu Ramos/UOL
Silvio de Abreu Imagem: Cadu Ramos/UOL

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

02/10/2015 20h56

Silvio de Abreu, diretor de dramaturgia da Globo, garante que, apesar da baixa audiência, "A Regra do Jogo" não terá mudanças nos rumos da trama, assim como aconteceu com a antecessora "Babilônia".

"Mudança nenhuma. Em nada, nada, nada. A aceitação da novela é ótima, não houve nenhuma reclamação", contou ele, nesta sexta-feira (2), na pré estreia da peça "Agora eu vou ficar bonita" no Sesc Bom Retiro, em São Paulo.

O diretor diz que as pesquisas realizadas nos grupos de discussões avaliam os que as pessoas estão achando da novela e o público está começando a ver a trama de João Emanuel Carneiro.

"Não é uma novela de fácil entendimento, não é uma novela fácil, tem personagens muito diferenciados. Não é uma novela que aposta no maniqueísmo, ou seja, personagem bom é bom, personagem mau é mau. É uma mistura de caráteres e uma característica das novelas do João. Todas as novelas do João são assim. Elas começam meio confusas para o público, mas muito claras na cabeça dele, e depois elas retomam. ‘Avenida Brasil’ foi assim, ‘A Favorita’ foi assim, acho que a única que não foi assim foi ‘Da Cor do Pecado’", avalia.

Silvio também garante que a novela não será encurtada e que terá pouco mais de 160 capítulos, conforme já era previsto. "A Regra do Jogo" teve sua estreia antecipada e entrou no ar no dia 31 de agosto, dois meses antes do previsto, por conta da rejeição do público com "Babilônia".

"'Babilônia' é diferente. 'Babilônia' encurtou, mudou. Não é que a gente muda toda novela. A gente muda quando tem problema", disse ele, que afirma que as alterações na trama surtira efeito e fizeram a audiência passar de 21 para 28 pontos.

O sucesso de "Os Dez Mandamentos", da Record, no horário nobre é algo que incomoda a Globo, que até então sempre se manteve líder com conforto na diferença de números do ibope com outras emissoras.

"Lógico que sim, televisão é concorrência. Me preocupo muito. Quero ganhar, claro", conclui.