"Não acreditava que pudesse ser uma Julieta bem aceita", diz Alinne Moraes

O sucesso de "Além do Tempo" era uma certeza para Alinne Moraes desde o começo, mas encarar o papel de Lívia na trama de Elizabeth Jhin deixou a atriz apreensiva. Prestes a estrear a nova fase da personagem, depois do salto de 150 anos na novela, que acontece no próximo dia 20, ela afirma que a primeira etapa da novela é a que deixava mais preocupada em convencer o público.

"Tinha um pouco de dúvida da minha parte, não acreditava que pudesse fazer, com trinta e poucos anos, uma Julieta que fosse bem aceita. A realidade dela era muito distante. Uma menina inocente, jovem, romântica. Sempre a visualizei com vinte e poucos anos", afirma a atriz, comparando o romance proibido de Lívia e Felipe (Rafael Cardoso) à clássica tragédia de Shakespeare. "Acho que é melhor do que 'Romeu e Julieta', mas sou suspeita pra falar", brinca.

A transição aconteceu em poucos dias: no último sábado, Alinne gravou suas últimas cenas de época; no domingo, clareou e cortou as madeixas e na segunda fez os primeiros testes de maquiagem e leituras da trama contemporânea. "A segunda fase acho mais próxima, é uma mulher já vivida, noiva do Pedro (Emílio Dantas), empresária do ramo dos vinhos, uma sommelier que morou fora. A composição foi mais tranquila", conta.

Ainda se acostumando à roupagem da segunda etapa, a intérprete já enxerga, no entanto, mudanças na nova vida de Lívia, formada na Itália, onde nasceu, e de volta ao Brasil após a morte do pai para cuidar dos negócios da família, a vinícola Beraldini.

"Ela vem mais segura, mais tranquila, bem resolvida. Como noviça, ela tinha muita culpa, o corpo fechado, olhava pra baixo, era submissa. Agora ela é mais expressiva, e isso já lhe dá outra postura. Mas continua doce, o espírito continua o mesmo", analisa.