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Gretchen explica que refez trechos de biografia porque não queria escândalo

Do UOL, em São Paulo

05/11/2015 17h13

Gretchen explicou na tarde desta quinta-feira (5) que refez alguns trechos do livro "Gretchen - Uma Biografia Quase Proibida" ao seu jeito porque não queria "escândalo". Segundo a cantora, esse foi um dos motivos que quase a levou a proibir a sua biografia --ela prefere chamar de documentário.

"Olha, quase não [foi] autorizada porque tinham algumas coisas que eu tive que refazer do meu jeito. Primeiro, porque eu não queria escândalo, que a minha vida não tem escândalo, e depois, porque eu queria uma coisa bonita", justificou ela, em entrevista ao programa "A Tarde é Sua", da Rede TV!. "Eu nunca quis fazer [a biografia]. Eu dizia 'por que falar da minha vida? As pessoas já falam o tempo todo'. Aí, me procuraram e me convenceram. E ficou lindo, eu adorei", elogiou.

Gretchen detalhou ainda sobre o trecho da biografia que mais lhe emocionou. "Eu pensei que eu não sentiria nada, que seria tranquilo. Eles [os autores] começaram a me mandar os capítulos para eu revisar, e foi fluindo tudo bem. [Mas] dois pedaços que foram ruins: a parte do meu pai e quando chega no final [do capítulo], que fala sobre a morte dele. De repente, eu comecei a chorar, senti aquela mesma sensação, quando eu não pude enterrá-lo, porque eu tinha um show naquele dia e o contratante não quis abrir mão. Então, deu aquela coisa [ruim] e senti tudo de novo", relatou.

A eterna "rainha do rebolado" disse ainda que, aos "40 anos de carreira, acho que já chega, chegou um momento de parar."

Casada com um arquiteto português, Carlos Marques, e dona de uma loja de produtos brasileiros em Paris e de mais duas franquias na região de Algarve, em Portugal, Gretchen lembra no livro que sempre quis ser cantora.

Ela iniciou sua carreira artística como crooner da orquestra do Maestro Zaccaro em 1976 – o convite para integrar a banda veio depois dela ter vencido o Festival do Colégio Objetivo.

Dois anos depois, o argentino Santiago Malnati, conhecido nos meios musicais da época como Mister Sam, a viu em num programa de calouros junto com suas irmãs,  "As Mirandas", e lançou em carreira solo. "Freak Le Boom Boom", "Conga Conga Conga" e o "Melô do Piripipi" são os seus maiores sucessos até hoje.

"No auge da carreira, a cantora tornou-se recordista por chegar a mil espetáculos em menos de três anos, sendo uma das mais bem sucedidas artistas brasileiras na época", explicou Gerson, em entrevista ao UOL.

Escrito por Gerson Couto e Fabio Fabricio Fabretti, "Gretchen - A Biografia Quase Proibida" é fruto de encontros virtuais, já que a cantora está morando em Portugal.