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Astro de "Teen Wolf", Charlie Carver se assume gay

Charlie Carver na série "Teen Wolf" - Divulgação/MTV
Charlie Carver na série "Teen Wolf" Imagem: Divulgação/MTV

Do UOL, em São Paulo

12/01/2016 18h08

O ator norte-americano Charlie Carver, conhecido por atuar na série "Teen Wolf", assumiu sua homossexualidade na última segunda-feira (11). Em seu perfil no Instagram, o ator de 27 anos escreveu um longo desabafo sobre a aceitação de sua orientação sexual em cinco publicações com a mesma foto (um quadro com a frase "Seja a pessoa de que você preciou quando era mais jovem".

No relato, Charlie contou que descobriu sua homossexualidade aos 12 anos e confessou ter sentido ódio de si próprio por isso: "'Eu sou gay’. Eu disse isso para mim primeiro, para saber como me sentia. A verdade dói e eu me odiei por isso. Eu tinha doze anos. Levaria alguns anos para que eu pudesse repetir isso para alguém, enquanto isso eu repetia a frase várias e várias vezes, até que minha boca se sentisse confortável e certa para que eu repetisse para alguém. Nessa época, para minha família.

Em "Teen Wolf", Charlie interpreta o lobisomem Ethan e contracena com seu irmão gêmeo, Max Carver. Na série da MTV, ele já se relacionou com Danny (Keahu Kahuanui), com direito a beijo e cenas na cama.

Leia abaixo o desabafo de Charlie Carver:

“Quando eu era um menino, eu sabia que queria ser ator. Eu sabia que queria muitas coisas! Eu pensei que queria ser pintor, jogador de futebol, um estegossauro… Mas me agarrei nisso de atuar. Eu descobri nessa idade, meio abstratamente, que eu era diferente dos outros meninos da minha escola. Durante o tempo, esse ‘saber’ abstrato cresceu e eu articulei uma gestação dolorida, marcada por dor e alienação, terminando no clímax de dizer três palavras em voz alta: ‘Eu sou gay’. Eu disse isso para mim primeiro, para saber como me sentia. A verdade dói e eu me odiei por isso. Eu tinha doze anos. Levaria alguns anos para que eu pudesse repetir isso para alguém, enquanto isso eu repetia a frase várias e várias vezes, até que minha boca se sentisse confortável e certa para que eu repetisse para alguém. Nessa época, para minha família. Enquanto sair do armário é muito importante para mim, eu queria acreditar em um mundo onde a sexualidade é irrelevante. Que isso não importa ou que, pelo menos, isso não precisasse ser anunciado para um estranho, para um novo colega, para um repórter. Até a frase ‘Sair do armário’ me incomoda, porque está implícito que você isso vem com atenção e isso é algo que eu preferia que estivesse implícito em ser um ser humano, um atributo ou um adjetivo, que só faz parte de como eu me vejo. Eu não quero ser definido pela minha sexualidade. Claro, eu tenho orgulho de ser um homem gay, mas não quero ser identificado como um homem gay ou apenas gay. Eu me identifico com várias coisas, essas identificações se elevam a um espaço e fazem com que seu senso de ser seja fluido. Então agora, vamos deixar isso gravador – Eu me identifico como gay. E isso não importa mais? Como um jovem homem, eu precisava de um jovem em Hollywood para dizer isso sem ser um idiota… Eu devo isso a mim mesmo, mais do que isso, eu precisava disso para ser quem eu era”.

 

Pt 1: “Be who you needed when you were younger”. About a year ago, I saw this photo while casually scrolling through my Instagram one morning. I’m not one for inspirational quotes, particularly ones attributed to “Mx Anonymous”- something mean in me rebukes the pithiness of proverbs, choosing to judge them as trite instead of possibly-generally-wise, resonant, or helpful. And in the case of the good ol’ Anonymous kind, I felt that there was something to be said for the missing context. Who wrote or said the damn words? Why? And to/for who in particular? Nonetheless, I screen-capped the picture and saved it. It struck me for some reason, finding itself likeable enough to join the ranks of the “favorites” album on my phone. I’d see it there almost daily, a small version of it next to my other “favorites”; I’d see it every time I checked into the gym, pulled up a picture of my insurance cards, my driver’s license.... Important Documents. And over the course of about-a-year, it became clear why the inspirational photo had called out to me. As a young boy, I knew I wanted to be an actor. I knew I wanted to be a lot of things! I thought I wanted to be a painter, a soccer player, a stegosaurus... But the acting thing stuck. It was around that age that I also knew, however abstractly, that I was different from some of the other boys in my grade. Over time, this abstract “knowing” grew and articulated itself through a painful gestation marked by feelings of despair and alienation, ending in a climax of saying three words out loud: “I am gay”. I said them to myself at first, to see how they felt. They rang true, and I hated myself for them. I was twelve. It would take me a few years before I could repeat them to anyone else, in the meantime turning the phrase over and over in my mouth until I felt comfortable and sure enough to let the words pour out again, this time to my family...

Uma foto publicada por Charlie Carver (@charliecarver) em