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Novo "Arquivo X" mira fãs, mas tem paciência para quem está começando

Natália Guaratto

Do UOL, em São Paulo

23/01/2016 07h00

Catorze anos após seu fim, “Arquivo-X” volta à TV na próxima terça-feira, à 0h, pela Fox, com um episódio que deve agradar os fãs antigos da série e deixar aquela sensação de reencontrar um amigo querido que não vê há tempos.

Para os espectadores novatos, adeptos do “binge-watching” e acostumados ao estilo viciante imposto pelo Netflix e pela “era de ouro da TV”, a série, apesar de interessante e bem contada, pode não ser tão empolgante.

A reportagem do UOL assistiu ao primeiro episódio da nova temporada em sessão para jornalistas, nesta sexta-feira (22), sem a experiência de ter acompanhado as nove temporadas anteriores, exibidas entre 1993 e 2002.

Logo nos primeiros minutos, Fox Mulder (David Duchovny) se apresenta e resume sua história: testemunha da abdução da irmã por alienígenas na infância, ele se tornou agente especial do FBI e ao lado da médica e parceira Dana Scully (Gillian Anderson) investigou casos paranormais não explicados, tentando provar uma conspiração do governo para esconder a existência de extraterrestres.

O tom didático adotado para assegurar que a mitologia da série seja introduzida aos novos espectadores dificulta um pouco a identificação com os personagens. Com muitas informações para assimilar em 40 minutos, falta tempo para se emocionar com o reencontro de Mulder e Scully e entender quão complexa é sua relação.

Mas nem tudo está perdido. O primeiro episódio deu pistas de que “Arquivo X” tem paciência para quem está começando. Um dos pontos altos é a cena de abdução com efeitos especiais dignos dos anos 2000. A aparição do Canceroso – como assim ele fuma por um buraco na traqueia? - também foi um bom teaser de que a série pode ser instigante. O capítulo ainda serviu para estabelecer a interessante teoria que será desenvolvida durante toda a temporada de seis episódios.

O inimigo agora é outro, e Murder e Scully terão que lidar com uma conspiração que envolve 11 de setembro, Edward Snowden e empresas americanas que têm a intenção de comprar os Estados Unidos.