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Sem crianças ou amadores, "MasterChef" com profissionais terá mais tensão

Apresentadora Ana Paula Padrão com os chefes jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin - Leo Franco/AgNews
Apresentadora Ana Paula Padrão com os chefes jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin Imagem: Leo Franco/AgNews

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

03/03/2016 15h40

Anunciado no pacote de novidades da Band para este ano, o "MasterChef Profissionais", que estreia no segundo semestre após a terceira edição com amadores, promete mostrar uma nova faceta do mesmo talent show que já levou crianças a disputarem o posto de melhor cozinheiro mirim.

Tradicionalmente conhecido como um programa que eleva a pressão dos competidores, o "MasterChef" ganhou uma variação menos rígida e até mais didática, tornando fofos jurados de comentários ácidos. No lugar do "Junior", que foi suspenso neste ano, a expectativa agora é promover embates quase em pé de igualdade entre chefes que julgam (e que continuam com poder de decisão sobre a permanência dos participantes) e chefes competidores.

"É claro que com crianças eu tenho que ser muito mais dócil, gentil e acolhedora do que com adultos. No Profissionais, eles já vem com uma carga muito alta de sucesso na carreira. Portanto, é muito mais difícil para eles aceitarem a crítica pela crítica", afirmou Ana Paula Padrão, em entrevista ao UOL na terça-feira (1º) no evento de apresentação da nova grade da Band à profissionais do mercado.

A apresentadora acredita que a variação no formato terá tudo para agradar o público, que poderá conhecer maneiras regionais no preparo de um prato. Além das discussões que prometem ser ainda mais acaloradas. "Um chef do norte do país, que esta hiperacostumado com determinados ingredientes e que não são uma regra onde nós estamos, vai chegar com uma autoridade sobre aquele ingrediente que não necessariamente é a autoridade dos nossos chefes. Isso vai criar um elemento de tensão, que vai tornar as coisas mais interessantes. Os chefes vão ter que ouvir o outro lado também", reconheceu.

Dois tipos de comida: a ruim e a boa

Erick Jacquin não irá amenizar para participantes profissionais de nova versão do "MasterChef" - Rafael Cusato/Photo Rio News - Rafael Cusato/Photo Rio News
Erick Jacquin não irá amenizar para participantes profissionais de nova versão do "MasterChef"
Imagem: Rafael Cusato/Photo Rio News
O francês Erick Jacquin, que tem fama de ser duro na queda no "MasterChef" com cozinheiros amadores, não vê dificuldade na tarefa de avaliar pratos de participantes com experiência no fogão.

"Tem dois tipos de comida, a ruim e a boa - quer seja profissional ou não. Eu já errei muito e não tenho vergonha de falar. Há 35 anos estou na profissão e até hoje às vezes faço merda", afirmou.

Na função de jurado, ele mesmo diz que toparia encarar o programa. "Acho que vou deixar eles [participantes] serem jurados para eu ser competidor. Chega uma idade em que o desafio aumenta. Gostaria muito de ganhar esse 'MasterChef'", disse Jacquin, que acredita na atração como uma vitrine de divulgação dos trabalhos dos futuros chefes participantes.