"Band pagou a multa", diz Dan Stulbach sobre fim do contrato
O ator Dan Stulbach assinou nesta quinta (10) a rescisão de seu contrato com a Band, onde apresentou o programa "CQC" entre março e dezembro de 2015, quando a atração foi extinta pela emissora do Morumbi.
"Assinei a rescisão há poucas horas", disse ele ao UOL, após apresentar na noite desta quinta-feira (10) a comédia política "Morte Acidental de Um Anarquista" no Teatro do Masp, em São Paulo, onde fica em cartaz até 28 de abril.
Assim que o espetáculo acabou, Stulbach recebeu com exclusividade a reportagem na plateia do teatro. "Rescindi hoje [com a Band]. A gente vinha negociando isso há muito tempo. Saí tranquilo com o Diego Guebel [diretor artístico da Band] e com todo mundo lá. Agora, não tenho exclusividade com nenhum canal de televisão", informou.
Sem revelar valores, Stulbach contou que "a Band pagou a multa rescisória". Questionado se já é sondado pela Globo, o ator disse que, por enquanto, não há nada concreto, mas lembrou que é querido por muita gente na emissora carioca.
"Deixei muitos amigos na Globo. A Maria Adelaide Amaral [novelista da emissora] é minha amiga e veio ver minha peça. O cinema está me chamando muito este ano. Agora mesmo nesta sexta pela manhã estou indo para o Rio rodar o filme do Jayme Monjardim, que também é da Globo, 'O Vendedor de Sonhos'. Também fiz uma participação no novo filme do Renato Aragão ['Os Saltimbancos Trapalhões 2 - Rumo a Hollywood'], outro artista da Globo".
"Não me arrependo"
Stulbach afirmou que não se arrepende de ter deixado a Globo e ido para a Band.
"Eu mudei porque entendi que tenho de ser dono de mim mesmo, fazer as coisas que tivessem a ver comigo", analisou.
Em sua visão, a experiência no "CQC" foi válida. "Aprendi muito no 'CQC'. Minhas opiniões no programa vinham de maneira livre, não havia roteiro ou teleprompter [aparelho que passa o texto para os apresentadores]. O 'CQC' para mim foi um aprendizado de elaboração de pensamento, de ritmo, de me relacionar com o público. Não me arrependo", disse.
A reportagem perguntou, caso fosse novamente convidado, se toparia substituir outra vez as férias de Fátima Bernardes, no matutino "Encontro com Fátima Bernardes", o que ele já fez com sucesso na Globo.
"Eu adoro a Fátima. Mas até tenho medo desse tipo de pergunta, porque outro dia me perguntaram se eu toparia fazer um programa como o do Jô Soares, eu disse que sim, e aí soltaram a manchete: 'Adoraria substituir o Jô, diz Dan Stulbach'. Então, é melhor ir com calma. O que eu digo é que adoro a Fátima e tenho uma ótima relação com o Boninho [diretor do 'Encontro']", declarou.
Rádio, esporte e teatro
Enquanto não define seu futuro na TV aberta, Stulbach continua com seu programa de rádio, "Fim de Expediente", que é sucesso há uma década na CBN.
"Eu adoro fazer. Encontro os amigos, os convidados. Em abril vamos completar dez anos e vamos fazer o programa daqui do Masp", adiantou.
"Também continuo no 'Bola da Vez', na ESPN", disse, sobre a atração na qual entrevista personalidades esportivas.
Ele revela que abriu mão da direção artística do Teatro Eva Herz, em São Paulo. "Deixei no fim do ano passado nas mãos do André Acioli, que já me ajudava. Fui eu que dei a ideia de ter um teatro na Livraria Cultura. E hoje existem teatros dentro de várias unidades pelo país", recordou.
Apesar de estar com a agenda variada, Dan Stulbach diz que é no teatro que realiza sua grande paixão.
"Gosto de estar nesse lugar, já montei luz, cenário, fui contrarregra. Sou um homem de teatro. Acho que fiz essas mudanças na minha vida por isso, porque queria ter tempo estar na minha cidade e fazer teatro com as pessoas que amo. É o que acredito e o que amo fazer".
Na peça "Morte Acidental de um Anarquista", texto do italiano Dario Fo com direção de Hugo Coelho, Stulbach vive um louco que finge ser um juiz que investiga o assassinato de um preso político por policiais, caso falsamente registrado como suicídio do preso.
De forma bem humorada, a obra põe o dedo na ferida na hipocrisia e corrupção das instituições públicas e faz duras críticas aos políticos, para deleite da plateia, que vibra com as associações com o Brasil atual. A peça vai participar do 25º Festival de Teatro de Curitiba, onde se apresenta nos dias 2 e 3 de abril na Ópera de Arame.
Cinema e websérie
Stulbach contou que Jayme Monjardim apareceu na plateia da peça e o chamou para jantar depois da sessão. "Aí ele me convidou para fazer o Júlio Cesar, protagonista do filme 'O Vendedor de Sonhos', baseado no best-seller do Augusto Cury. Aceitei na hora", revelou.
"Faço um cara que enfrenta um grande drama pessoal. Estudei muito para fazer e ainda tenho o privilégio de contracenar com o César Troncoso, ator do Uruguai que fez o filme 'O Banheiro do Papa', porque admiro os filmes uruguaios e argentinos, que têm uma poesia especial. Vamos filmar até o fim deste mês", contou.
Sobre a participação especial no filme "Os Saltimbancos Trapalhões 2 - Rumo a Hollywood", de Renato Aragão, preferiu não dar detalhes. "O Renato pediu para eu não contar o que vou fazer no filme. Posso dizer que é uma homenagem a estes caras que assistia quando era moleque". Stulbach conta que foi muito bem recebido tanto por Renato Aragão quanto por Dedé Santana. "Até gravei uma entrevista com os dois no camarim".
O ator ainda quer criar uma websérie em 2016. "Estou pensando em um projeto de episódios com 20 minutos cada. Mas é mais para divertir. Como você vê, ideias não faltam".
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