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"Quem faz bem novela pode fazer qualquer coisa", diz Rodrigo Santoro

Rodrigo Santoro é o entrevistado de Bianca Ramoneda no "Ofício em Cena" - Renato Rocha Miranda/Globo
Rodrigo Santoro é o entrevistado de Bianca Ramoneda no "Ofício em Cena" Imagem: Renato Rocha Miranda/Globo

Do UOL, no Rio

24/03/2016 17h33

Rodrigo Santoro voltou às novelas em "Velho Chico", após ficar 10 anos afastado para se dedicar ao cinema fora do país. Em sua breve participação na primeira fase da novela das nove, o ator contou o que o motivou a voltar à televisão.

"A novela é um grande exercício para o ator. Foi a minha escola. Estou aprendendo muito. Quem faz bem novela pode fazer qualquer coisa", disse ele em entrevista a nova temporada do "Ofício em Cena", que vai ao ar na próxima terça-feira (29) às 23h30 na Globo News.

Afrânio (Rodrigo Santoro) recebe a notícia da morte do pai em "Velho Chico" - Reprodução/"Velho Chico"/GShow - Reprodução/"Velho Chico"/GShow
Santoro é Afrânio na primeira fase de "Velho Chico"
Imagem: Reprodução/"Velho Chico"/GShow

No ar por 24 capítulos, Santoro dá vida a Afrânio na primeira fase da trama e depois passa o bastão para Antônio Fagundes.

O ator garante que a decisão de apostar na carreira internacional não aconteceu de uma hora para outra e foi uma consequência dos filmes "Bicho de Sete Cabeças", "Abril Despedaçado" e "Carandiru", que viajaram por festivais da Europa e do mundo.

"Me convidaram para fazer o primeiro trabalho fora do Brasil, que foi 'A Primavera Romana da Senhorita Strong', uma obra de Tenesse Williams, que foi adaptada para a TV americana', explica.
 
Santoro conta que a curiosidade foi o que o que o deixou mais interessado em participar de "As Panteras". "Sempre gostei muito de assistir a filmes de ação, que me deixam curioso e fascinado, e ficava pensando onde tinham colocado a câmera, como ela tinha entrado pela janela... Eu não entendia como o cinema de ação é feito e a minha motivação foi curiosidade", explica. Desde então, foram muitos outros desafios no cinema.
 
Rodrigo confessa que ficou muito nervoso quando começou a gravar "Che", em que interpretou o irmão de Fidel Castro, contracenando com Benicio del Toro. "Na primeira cena, meu joelho começou a balançar e eu disse ao Benício que estava nervoso de um jeito que nunca estive na minha vida".

Em “300”, o desafio foi gravar todo o filme no chroma key. "300 foi uma experiência muito difícil, muito vazia. Tinha que imaginar tudo, um deserto com dez milhões de pessoas, quando na verdade estava em uma sala rodeada de paredes verdes", conta. "Foi um trabalho que me ensinou muito porque o nível de concentração e a imaginação que eu precisei usar para realizar esse trabalho foi um lugar em que eu nunca tinha ido, para poder acreditar naquelas coisas", define.
 
Na entrevista, o ator conta que nem sempre tem tempo de fazer laboratório e revela curiosidades que fez para mergulhar em seus personagens. Em "Heleno", além de ser chamado pelo nome do personagem, ele gostava de dormir sozinho na fazenda que era usada como locação para o hospício. Em "Abril Despedaçado", ele ficou um mês aprendendo a fazer rapadura e também dormia no set de gravação.

"Eu preciso me envolver, preciso acreditar, se não não vou fazer ninguém acreditar.", explica.