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"Mustafary tem quase tantos seguidores quanto eu", brinca Marco Luque

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

16/07/2016 07h10

"Peço desculpa a todos os rastafáris que estão sendo chamados de serumaninhos". É com uma piada que Marco Luque comenta o fenômeno Mustafary, personagem que criou há anos no teatro e que ganhou espaço na Globo e milhares de fãs nas redes sociais desde que o ex-CQC passou a dar expediente no "Altas Horas".

"Ele tem quase tantos seguidores no Instagram quanto eu", brinca Luque, que já bateu a marca de 1 milhão. "Musta", como ele carinhosamente chama o personagem está quase lá, com 980 mil seguidores - no Facebook, a conta já está em 1,3 milhão de admiradores. "Não imaginava esse sucesso. Pegou de um jeito, né?", questiona.

A ideia é desaparecer, fazer com que as pessoas não enxerguem o Marco Luque.

Além de se surpreender com o alcance do hit, o humorista diz que a resposta de seu trabalho na emissora tem sido positiva. "Entrar na maior emissora do país faz ter um alcance maior. E estou tendo espaço para mostrar personagens com uma pegada bem diferente do 'CQC'. Faço isso há muitos anos, desde a época de 'Terça Insana' e tenho segurança em fazer bem", afirma ele, garantindo que o assédio, no entanto, continua tranquilo. "Não sou galã nem jogador de futebol, então não teve problema", brinca.

Reunir Mustafary com a empregada Mary Help e o taxista Silas Simplesmente numa série é uma ideia hipotética que deixa Luque empolgado, mas ele garante que ainda não pensa em ter uma atração para chamar de sua na Globo. "Não tenho essa pretensão", diz ele, que também descarta atuar numa novela, como sua ex-colega de programa Monica Iozzi. "Meu foco é sempre o humor, é fazer a galera rir", afirma, categórico.
 
Novo integrante do humorístico "Vai que Cola", do Multishow, como o paulista Pasquale, o mais novo dono de restaurante italiano do Méier, Luque não para e já pensa em novas criações para o "Altas Horas". "Vamos fazer isso sempre. A ideia é desaparecer, fazer com que as pessoas não enxerguem o Marco Luque", diz.

Saudade da bancada também não é um problema, já que a sensação é de missão cumprida à frente do "CQC", garante. "Não tenho palavras. Ali a gente teve a oportunidade de falar de política com humor, de cutucar, botar o dedo na ferida. E a gente falava para os adolescentes, que hoje são formadores de opinião. E nunca se falou tanto de política quanto hoje", analisa.