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"Fiquei indignada com a decisão tomada pelo promotor", diz Ana Hickmann

Felipe Abílio

Do UOL, em São Paulo

18/07/2016 21h25

Ana Hickmann diz que aos poucos está voltando com sua rotina ao normal, após quase dois meses em que foi ameaçada pelo fã Rodrigo Augusto de Pádua, que invadiu o quarto do hotel dela, em Belo Horizonte, e acabou morto pelo cunhado da apresentadora, Gustavo Henrique Bello Correa. Desde que o caso aconteceu, Ana passou a andar acompanhada de um segurança.

"Estamos fortes, e o que queriam fazer com a gente, que era destroçar uma família, conseguiram unir mais ainda. A união está sustentando a gente ainda mais", disse ela que prestigiou a inauguração da exposição "Frenesi", de Angelo Pastorello, em São Paulo nesta segunda-feira (18).

A apresentadora da Record comentou a decisão da Justiça, que acatou denúncia por homicídio doloso - quando há a intenção de se cometer o crime - apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais contra o cunhado dela.

"Fiquei extremamente indignada com o que aconteceu, com a decisão tomada pelo promotor, porque eu acho que a gente não pediu aquilo tudo para acontecer, fomos lá para trabalhar, fomos atacados, quase perdemos a nossas vidas, minha cunhada carrega até hoje às cicatrizes, só a gente sabe o que passamos, e mesmo assim alguém disse que meu cunhado quis fazer aquilo. Não posso concordar com isso", disse.

A denúncia apresentada pelo promotor Francisco de Assis Santiago tem como principal argumentação o fato de Pádua ter sido morto com três tiros na nuca. O inquérito da Polícia Civil apontou morte em legítima defesa e pediu o arquivamento do caso. Houve luta entre os dois antes de o invasor ser alvejado. Para o MP, no entanto, Correa realmente estava em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou o homicídio intencionalmente.

Ana Hickmann disse que Gustavo arriscou a vida dele para salvar a dela. "Nunca vou concordar de alguém acusá-lo de homicídio doloso. Temos que esperar, mas me surpreendeu a velocidade com que aconteceu no meu caso, porque para tudo demora tanto. A gente se defendeu, fomos vítimas, mas ainda não deram prazo nenhum para se resolver. Tenho vida pública, a minha família nunca quis isso, mas agora eles estão expostos", completou.

Ela contou ainda que para superar o susto encontrou força na família, no filho e nas pessoas. "Todas as mensagens que eu recebi me fizeram pensar sobre porque eu não deveria deixar me abater. Tenho que estar feliz, minha família está unida. Não tenho motivo para chorar, tenho para ficar indignada com o que estão fazendo, mas meu coração acredita que a verdade vai prevalecer".

A loira comentou sobre o caso recente de ameaça de morte sofrido pela cantora Joelma na internet. "Fiquei chocada, acompanhei isso, realmente as pessoas vão aproveitar esse momento para desejar esse tipo de maldade, mas não desejo que isso aconteça para ninguém. A Joelma é dedicada, esforçada, a Joelma não merece isso. E ninguém merece".

O atentado

A apresentadora sofreu uma tentativa de homicídio em um hotel de luxo em Belo Horizonte (MG). O suspeito abordou primeiro Gustavo Corrêa, cunhado de Hickmann, no corredor do hotel e o levou até o quarto. Em seguida, o suposto fã fez a apresentadora, o cunhado e sua mulher, a assessora de Ana, Giovana Oliveira, de reféns e obrigou os três a se sentarem de costas para ele.

O cunhado da apresentadora partiu para cima do criminoso e conseguiu desarmá-lo. Rodrigo chegou e a efetuar dois disparos em direção às vítimas, acertando Giovana.

A assessora foi levada para o hospital Biocor, na capital mineira, onde passou por uma cirurgia antes de ser transferia para o centro médico em São Paulo. A bala acertou o abdome, perfurou o intestino grosso, delgado e uma artéria. Ela comemorou em sua conta do Instagram seu estado de saúde após receber alta.
 
O fã morreu no local com um tiro na cabeça, após ser desarmado pelo cunhado da apresentadora.