Nova série indie da Netflix, "Easy" retrata casais modernos e sexo real
Se você gostou de “Master of None” e “Love”, pode colocar “Easy” na sua lista do que assistir nos próximos dias. A atração chegou ao catálogo da Netflix há duas semanas com publicidade bem menor do que as festejadas estreias do mês, “Narcos” e “Luke Cage”.
Passada em Chicago, “Easy” é uma antologia de oito histórias de relacionamentos com diferentes características e dramas. Os episódios narram desde a sem graça vida sexual de um casal hétero na casa dos 40 até a excitante e desafiadora relação de jovens lésbicas em início de namoro.
A série aborda os relacionamentos modernos e tem cenas de sexo bem realistas. Há orgasmos, sequências libidinosas e até um ménage à trois com participação de Orlando Bloom, mas há também transas monótonas, desconfortáveis e alcoolizadas.
Apesar de representar casais de orientações sexuais, idades e níveis de comprometimento diferentes, “Easy” fala de amor e sexo com uma linguagem simplificada e bem fácil de se identificar. A atração aborda ainda temas importantes e universais da vida a dois.
Em “Cinderella Vegana”, por exemplo, Chase (Kiersey Clemons) se apaixona por Jo (Jacqueline Toboni) e para agradá-la começa a mudar a própria personalidade, fazendo coisas que a namorada curte, por exemplo, parar de comer carne, pedalar e lutar pelos direitos das mulheres.
Já no episódio “Brewery Brothers”, o tema é a quebra de confiança e cumplicidade entre um casal. Prestes a ser pai, Matt (Evan Jonigkeit) está infeliz no trabalho e decide abrir uma cervejaria ilegal com o irmão, mas esconde o empreendimento da mulher, Sherri (Aya Cash).
A afinidade entre relacionamentos e tecnologia tão presente na atualidade também aparece. Em “Arte e Vida”, há o quadrinista que sempre se inspirou na vida real incomodado quando tem a intimidade exposta na internet. Já em “Utopia”, um casal decide usar o Tinder para procurar uma parceira disposta a participar de um ménage à trois.
O diretor de “Easy”, Joe Swanberg, é conhecido por seguir o movimento mumblecore, gênero de filmes independentes que usa iluminação ambiente e diálogos improvisados. Ele dirige o filme “Um Brinde à Amizade”, com Olivia Wilde, e Anna Kendrick, também disponível na Netflix.
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