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"Hipster da Federal" diz que recebeu cantadas que não podem ser ditas

Reprodução/Globo
Imagem: Reprodução/Globo

Do UOL, em São Paulo

24/10/2016 11h10

Policial que ficou famoso como o "hipster da Federal", após aparecer na escolta do deputado cassado Eduardo Cunha, preso na quarta-feira (19), Lucas Soares Valença disse ter recebido muitas cantadas - algumas delas, afirmou, impronunciáveis.

"Tem alguma coisa que não pode falar (risos). Estou rindo muito dos comentários das meninas, que são a maioria", afirmou ele no "Encontro com Fátima Bernardes" nesta segunda (24). "Algumas pessoas mandaram mensagem para mim, dizendo que o brasileiro tem que ser estudado. A criatividade é muito grande", completou. 

Ele disse ter ficado espantado com a repercussão e que prefere o apelido de "lenhador" em vez de "hipster", termo que define pessoas com visual como o dele.  "Sou bem sossegado com a aparência. A barba eu sempre usei, mas o cabelo deixei crescer, porque faz mais sucesso com as meninas."

Questionado pela apresentadora, Lucas se limitou a dizer que o voo que fez de Brasília até Curitiba com ex-deputado foi "tranquilo" e explicou que a função o impedia de falar sobre as operações. Ele também ficou constrangido ao ser perguntado se "não houve turbulência" na viagem.

Lucas Valença, o "hipster da federal", acompanha escolta que levou Eduardo Cunha de Brasília a Curitiba - Michael Melo/Metropoles via AP - Michael Melo/Metropoles via AP
Lucas Valença, o "hipster da federal", acompanha escolta que levou Eduardo Cunha de Brasília a Curitiba
Imagem: Michael Melo/Metropoles via AP

A ex-mulher de William Bonner lembrou do sucesso de Newton Ishii  (o "japonês da Federal"), que também ficou famoso por escoltar investigados da Lava Jato, preso neste ano por corrupção e contrabando. Perguntado por Fátima, Lucas assegurou que "não vai surgir nada" que comprometa sua reputação.

Ele, que está de férias, disse que pretende continuar sua vida normalmente mesmo após a fama instantânea. Também contou por que apagou postagens antigas de cunho político. ""Como cidadão, você pode ter a sua opinião e sua posição política. Fiz um comentário na minha rede de amigos. Depois que aconteceu tudo isso, caiu na internet e virou uma coisa de domínio público. Preferi retirar para evitar qualquer problema futuro", explicou.