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Miss Bumbum acerta com a "Playboy" da Venezuela: "Meu pai não vai gostar"

Erika Canela será capa da edição de fevereiro da "Playboy" da Venezuela - Divulgação
Erika Canela será capa da edição de fevereiro da "Playboy" da Venezuela Imagem: Divulgação

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

28/11/2016 14h31

Vencedora do Miss Bumbum 2016, Erika Canela será capa da edição de fevereiro da “Playboy” da Venezuela. A informação foi confirmada ao UOL nesta segunda (28) pelo assessor da modelo. Erika,  de 25 anos, recebeu proposta para posar nua para outra revista masculina brasileira, mas resolveu recusar o convite por não ficar satisfeita com cachê oferecido pela revista. 

“Eu não achei legal o valor que eles queriam dar. Não compensava. Já não estava com muita vontade e acabaram não me animando”, explicou.

Erika, que mora hoje em São Paulo, viajará até sua cidade natal, Presidente Prudente, para contar a novidade ao pai. A Miss Bumbum disse estar com receio de que ele não aprove: “Ainda não contei a notícia, mas provavelmente ele não vai gostar (risos)”.

“Ele é muito ciumento e sempre fui muito apegada a ele. A minha mãe, que é separada do meu pai, já sabe e quase enfartou quando eu contei. Ela não está acreditando”, disse.

A modelo diz que espera poder ajudar a família com o cachê que irá ganhar pelo ensaio na “Playboy” venezuelana: “Vou investir na minha carreira e uma das minhas prioridades é ajudar a minha mãe, como contribuir com a reforma do apartamento dela”.

Ela, que gostaria de fazer um ensaio selvagem, diz que se puder escolher aparecerá na capa da publicação valorizando o seu principal atributo. “Eu ganhei [o Miss Bumbum] por causa da bunda, né? Acho que o bumbum é o mais ideal (risos)”, afirmou.

"Se não me quis Fusca, não vai me pegar Ferrari"

Erika Canela venceu o concurso do Miss Bumbum 2016 -  Renan Katayama/AgNews -  Renan Katayama/AgNews
Erika Canela venceu o concurso do Miss Bumbum 2016
Imagem: Renan Katayama/AgNews
Erika Canela, de 1,73 de altura, 72 quilos e 107 cm de quadril, diz ter motivos para acreditar que o sonho de vencer o disputado concurso estava distante de se realizar. Até os 18 anos, ela lembra, não podia se gabar do corpão que ostenta atualmente.

"Eu era um patinho feio, aquela que era zoada. Era bem magrinha e aí comecei a malhar e ganhei corpo. Sempre tive bunda, mas era menorzinha. Depois [com os treinos], começou a ficar grande", diz ela, que além dos exercícios físicos transformou o corpo com lipoaspiração e silicone nos seios.

O bumbum, garante, é todo dela. E o que a nova Miss Bumbum diria para os que um dia a rejeitaram ainda na fase "patinho feio"? "Chupa! Se não me quis Fusca, não vai me pegar Ferrari", diz, rindo.

O título de dona do mais belo bumbum também significa, para Erika, uma vitória simbólica contra o racismo. Até recentemente, ela diz que nunca havia sofrido tão profundamente com o preconceito.
 
"A minha família já tinha sofrido porque eles têm a pele mais escura do que eu, mas até pouco tempo nunca tinha acontecido comigo", conta. "Sofri racismo pelo Instagram, Facebook... É uma coisa muito triste. E sofri, também, em uma balada. Um cara me puxou e disse: 'Aqui não é ambiente para você. Lugar de macaco é no galho'. Joguei uma garrafa na cabeça dele. Nunca tinha sofrido isso diretamente", se recorda.