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Ivo nega machismo e diz que "MasterChef" poderia ser "mais profissional"

O chef Ivo Lopes, de 40 anos, participante de "MasterChef: Profissionais" - Divulgação/Band - Divulgação/Band
Ivo Lopes, de 40 anos, participante de "MasterChef: Profissionais"
Imagem: Divulgação/Band

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 07h00

Polêmico, Ivo Lopes tornou-se um dos campeões de rejeição do "MasterChef Profissionais". Na internet, o público pede a saída do competidor chamando-o de arrogante e machista pela forma como trata as mulheres do programa. Há duas semanas, por exemplo, ele pediu para Dayse varrer o chão durante uma prova. Para o chef, a edição da Band influenciou na opinião dos telespectadores sobre ele.

"Infelizmente, é um reality. Acho que o programa poderia ter levado para outro lado, mais profissional, e entender que quem está lá dentro são profissionais" analisa Ivo Lopes ao UOL. "Há algumas edições em que eles vão querer que o público comente, que o público tenha alguns atritos entre si, mas estou longe de entrar em conflito com alguém", completa.

No "MasterChef", Dayse reclamou que não fazia nada e Ivo disse para ela pegar uma vassoura. Em depoimento no reality, ele disse que trabalhar com mulheres na cozinha é mais delicado porque elas são mais "frágeis". O participante chegou a se desculpar no Twitter, porém acha que ter mandado Dayse varrer o chão não foi um erro grave e explica por quê.

"Não considero um erro grave. Foi extremamente sem ofensa. Aproveitar para fazer alguma coisa pedimos normalmente para qualquer pessoa na cozinha. Eu continuo lavando louça, limpando chão, dando faxina. As pessoas precisam parar de criticar um pouco e entender que naquele calor da prova a gente acaba falando algumas coisas que eles levam para outro lado, como arrogante. Foi realmente uma falha do programa que aconteceu isso, mas já passou e está tudo superado", esclarece.

O rótulo de "machista" em Ivo reapareceu na semana passada, quando Fádia, ao ser eliminada, disse para Ana Paula Padrão que "tem os machistas da vida na cozinha, não aceitam nossa presença dentro de uma cozinha mais corrida, mais puxada". Enquanto ela falava, o reality mostrava Ivo esboçando preocupação. O chef nega ser machista e diz admirar o crescimento das mulheres na profissão.

"As pessoas que me conhecem sabem que não é [machismo], sabem que foi um momento muito profissional, que eu estava simplesmente defendendo um trabalho, longe de ser machista. Tomo conta de oito restaurantes, e o que mais tem é mulher. A maioria das minhas subchefes foram mulheres. Longe de preconceito, longe de machismo de mulher na cozinha. O mercado está eclético, tem várias mulheres trabalhando, a profissão virou geral no Brasil inteiro. Muito pelo contrário, gosto de trabalhar com mulher na cozinha", afirma.

Ivo quer abrir restaurante em 2017

Apesar das críticas, Ivo também recebe elogios e até descobriu fãs nos restaurantes para os quais presta consultoria. O chef pernambucano trabalha em cinco locais no Rio de Janeiro, no Paraná e na fronteira do Brasil com o Paraguai. O sucesso do "MasterChef" alimenta o sonho do participante de inaugurar um restaurante italiano em São Paulo no primeiro semestre de 2017.

"Estou impressionado com a repercussão. Rodo no Paraná, na Ciudad del Este, no Rio de Janeiro, em São Paulo, para mim o mais impressionante é a admiração das pessoas que te param na rua falando dos pratos, das provas, de virar meu fã pela postura profissional que eu tomo dentro da competição. Participar do reality está sendo a melhor recompensa do mundo", comemora.

No início do "MasterChef", Ivo virou um dos alvos preferidos da zoeira do público, que nas redes sociais o comparou ao cantor Amado Batista. O participante acha divertida a brincadeira, mas admite que não é fã do músico: "Dou risada, acho até engraçado. Levo como uma brincadeira. Sinceramente eu não acho [parecido], mas uns falam que sim. O cara é um grande ídolo do Brasil inteiro, quem dera se eu tivesse metade dos fãs dele. Mas sou mais do rock n'roll".