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Coelhinhos da Páscoa da Dolly são suspensos pelo Conar

Propaganda de Páscoa do refrigerante Dolly foi suspensa pelo Conar - Reprodução
Propaganda de Páscoa do refrigerante Dolly foi suspensa pelo Conar Imagem: Reprodução

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

31/05/2017 18h00Atualizada em 01/06/2017 10h56

Por essa Dollynho não esperava. A propaganda de Páscoa da Dolly, repetida à exaustão nos intervalos da TV, foi suspensa pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Em reunião na última terça-feira (30), os conselheiros da entidade decidiram por unanimidade advertir a marca de refrigerantes e sustar a peça publicitária.

No comercial, bebês fantasiados de coelhinhos cantam "Um Dolly, dois Dollys, três Dollys" com a mascote da marca, Dollynho. Segundo o Conar, a peça infringiu o artigo 37 do órgão, que, entre outras coisas, diz que um anúncio não deve vocalizar recomendações de consumo por meio de crianças menores de idade.

Os "coelhinhos", portanto, não poderiam cantar o jingle de Páscoa da Dolly sugerindo o refrigerante. A entidade também levou em consideração a presença de crianças aparentemente menores de três anos de idade sugerindo consumir um produto com alto teor de açúcar.

O Conar sustou a propaganda pelo fato de haver o apelo de consumo vocalizado por crianças, o fato de se tratar de um produto rico em açúcar e o fato de haver a sugestão de que elas estavam consumindo em excesso".

A Dolly terá 30 dias para recorrer da decisão. Por enquanto, a peça está suspensa na TV e na internet. Como o comercial deverá retornar ao ar somente na Páscoa de 2018, a marca de refrigerantes deverá retirar o vídeo da internet.

A Dolly se manifestou por meio de nota oficial: "A empresa Tholor, responsável pela marca Dolly, informa que não recebeu nenhuma notificação do Conar referente à representação Nº 060/17, 'Dolly Páscoa'. A empresa se surpreende com a notícia, já que a Páscoa foi comemorada há mais 45 dias e o comercial é veiculado anualmente desde 2007 nas principais emissoras de televisão do país, sem nunca ter sido alvo de notificação do órgão."