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Dan comemora libertação de Eugênio com Ivan: "Forte e surpreendente"

Ivan (Carol Duarte) e Eugênio (Dan Stulbach) em cena de "A Força do Querer" - Reprodução/Globo
Ivan (Carol Duarte) e Eugênio (Dan Stulbach) em cena de "A Força do Querer" Imagem: Reprodução/Globo

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

15/09/2017 12h32

Dan Stulbach, que interpreta o advogado Eugênio, em "A Força do Querer", viu ser levado ao ar nesta semana um dos momentos mais emocionantes do personagem envolvendo o filho transgênero, Ivan (Carol Duarte).

Na cena que foi ao ar na última terça (12), ele se vê diante do apelo do filho que pede ajuda para trocar de nome e, pela primeira vez, permite se emocionar. No diálogo, diz "não ter memória de Ivan" e num primeiro sinal de aceitação o abraça.

Ao UOL, o ator diz que estava preparado para o alto grau de emoção exigido para a sequência vista como o clímax do personagem desde que Ivana revelou para a família que se reconhecia como homem.

"Eu sabia que essa cena tinha uma importância grande na trajetória do personagem no sentido dele expor mais as emoções, de falar mais. Era uma dificuldade que ele tinha desde o começo da novela. As outras cenas de emoção eram sempre mais contidas", afirma. "Esse processo de libertação começa com a revelação da Ivana. Nessa, de alguma maneira, coloca o Eugênio em uma nova fase. Era uma cena muito forte e eu sabia disso", completa.

Stulbach conta que ensaiou a cena com Carol Duarte algumas vezes e de diferentes formas, mas a versão final, como vista no ar, foi feita apenas uma vez.

"A versão final não fizemos no ensaio. A emoção final foi muito forte [no estúdio], mas também de muita surpresa. Ninguém tinha visto o Eugênio daquele jeito antes. Acho que foi uma surpresa até para a Carol", acredita.

"Não tem vilão e herói"

A cena chamou atenção porque deixou em evidência o drama vivido pelo personagem de Dan Stulbach em relação ao filho, que geralmente é o foco da narrativa. A preocupação da autora, Gloria Perez, era trazer o olhar do pai:

"É importante mostrar os dois lados porque não tem vilão e herói. São pessoas buscando suas felicidades com suas dificuldades naturais de se colocar no lugar do outro. Esse é o grande passo que tem ser dado. É bonito um homem já de meia-idade mostrar que quer mudar. Ele não fingir que já aceita ou ficar amarrado a não aceitação... O amor com o filho se traduz nessa constante tentativa de entender e aceitar a felicidade do filho".

O ator diz não criar expectativas em relação a Eugênio. "Eu não tenho ideia [do que vai acontecer com o personagem]. Não torço para que nada aconteça com o personagem. Não tenho essa relação. Brinco sempre que o futuro à Gloria pertence. Ela tem toda habilidade e talento para desenvolver a história como ela quiser. Não interfiro nessa parte", afirma.