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De Nuccio, Tralli e outros globais lucram alto com palestras; veja cachês

César Tralli e  Dony De Nuccio são palestrantes, além de apresentadores de telejornais - Montagem/UOL
César Tralli e Dony De Nuccio são palestrantes, além de apresentadores de telejornais Imagem: Montagem/UOL

Carolina Farias

do UOL, no Rio

19/07/2018 04h00

Jornalistas e a apresentadores da Globo são procurados com frequência para fazerem palestras ou mesmo serem mestres de cerimônia em eventos Brasil afora. Quem os contrata quer a credibilidade dos profissionais e o cachê costuma fazer jus a esse precioso predicado. Os valores, como o UOL apurou, em torno de R$ 40 mil.

Para contratar Dony De Nuccio, apresentador do "Jornal Hoje"; Miriam Leitão, jornalista especializada em economia que tem um programa de entrevistas na "GloboNews" e faz comentários no "Bom Dia Brasil"; Cristiana Lobo, da "GloboNews"; Caco Barcellos, apresentador do "Profissão Repórter" e César Tralli, apresentador do "SPTV", é preciso desembolsar entre R

Para contratar Dony De Nuccio, apresentador do "Jornal Hoje"; Miriam Leitão, jornalista especializada em economia que tem um programa de entrevistas na "GloboNews" e faz comentários no "Bom Dia Brasil"; Cristiana Lobo, da "GloboNews"; Caco Barcellos, apresentador do "Profissão Repórter" e César Tralli, apresentador do "SPTV", é preciso desembolsar entre R$ 30 mil e R$ 40 mil por evento.

nbsp;30 mil e R$ 40 mil por evento.

"Quanto mais visibilidade o palestrante tem na mídia, mais ele será solicitado", explica Lucas Lopes, diretor da empresa Motiveação, que oferece palestras voltadas para o treinamento de funcionários, setor de RH e marketing e tem como clientes Itaú, Sebrae, Panasonic, Bayer, entre outras grandes empresas. Lopes não quis revelar quem são os profissionais mais requisitados.

No início do mês a Globo divulgou uma série de diretrizes para jornalistas do grupo de como se comportarem em redes sociais. Dentro do comunicado, a empresa diz que "esses jornalistas devem se abster de expressar opiniões políticas" até em grupos de WhatsApp.

Já como palestrantes, os jornalistas, não têm restrições, "desde que essas atividades não contrariem os princípios editoriais da empresa", de acordo com a Comunicação da Globo.

Diferentemente dos temas proibidos pelas diretrizes para as redes sociais, política e conjuntura econômica fazem parte dos assuntos que os jornalistas discorrem em suas palestras. No site de uma empresa com sede em Belo Horizonte, os jornalistas têm até uma pequena biografia. Gerson Camarotti, repórter de política da "Globo News", tem um destaque especial.

"Gerson tem sido frequentemente convidado para palestras em eventos corporativos em todo o Brasil, se destacando por sua linguagem acessível e capacidade de traduzir cenários políticos com exímia facilidade", anuncia o perfil dele.

O diretor da Motiveação afirma que em sua empresa nunca houve restrições de temas para palestras de jornalistas da Globo. "A única restrição é para o uso de imagem, por conta do contrato deles", afirmou. Segundo ele, jornalistas de TV são vistos pelo público como autoridade nos assuntos que abordam e por isso são requisitados.

As empresas que oferecem as palestras categorizam os jornalistas pelos assuntos como esporte, economia, empreendedorismo e política, entre outros. "Como a pessoa está em destaque, ela é vista como alguém que, às vezes, sabe mais sobre o assunto do que ela."