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"Sem modéstia, tá entregue", diz Fernanda Gentil após deixar esporte

Fernanda Gentil se despede de Felipe Andreoli na apresentação do "Esporte Espetacular" - Reprodução/Facebook
Fernanda Gentil se despede de Felipe Andreoli na apresentação do "Esporte Espetacular" Imagem: Reprodução/Facebook

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

09/12/2018 19h57

Fernanda Gentil, que trocou o esporte pelo entretenimento da Globo, apresentou neste domingo (9) seu último "Esporte Espetacular" e, horas depois, publicou um longo e emotivo depoimento agradecendo à família, colegas de trabalho e aos fãs que a acompanharam durante anos de trabalho.

Segundo Fernanda, cujo destino na emissora ainda não foi divulgado, trabalhar com o esporte é um sonho nutrido desde a adolescência, época em que  trocou os CDs de Sandy & Jr pelo desejo de se tornar jornalista.

(continua): Mas sonho é um só; foi aquele. E tá realizado. Sem modéstia mas com humildade posso dizer: tá entregue. E com pacote completo! Barba, cabelo e bigode. Copas, olimpíadas, e apresentações. Transmissões, quadros e reportagens. Ceguinho, 7x1 e choro. Gafes, sorrisos, vivos. Madrugadas, tardes e noites. Fiz de tudo, um muito... e de tudo, tudo foi incrível. Inesquecível. E como tem muita letra pra pouco espaço, não posso deixar de agradecer em primeiríssimo lugar, os meus pais. Estavam lá pra duvidar, questionar, aplaudir de pé - e no início não era porque tava bom não, mas porque não tinha espaço pra sentar mesmo. Aplaudiram de pé a minha estreia no Esporte Interativo espremidos numa salinha. Quando trabalhei na editoria cidade na Band (não tinha vaga em esportes) me viram subir morro com colete à prova de balas apreensivos. Me abraçaram quando pedi uma última chance para entrar no canal campeão através daquele curso da Vanessa Riche. Entrei. E eles de novo me aplaudiram, apreensivos, mas abraçados a mim. Obrigada Felipe, meu irmão, por sempre, sempre, SEMPRE acreditar. Até quando eu duvidei, você tava acreditando. Me olhava a cada degrau subido com um sorriso - e uma covinha linda - como quem diz ?não falei??. Amigas, amigos, família de sangue e família do trabalho: obrigada. Você que nem me conhecia mas me viu em algum momento na televisão e começou a me acompanhar; obrigada. A você que não parou de me acompanhar por causa da cor do meu cabelo, da roupa que eu visto, ou porque gosto de amarelo e não de verde, muito mais obrigada. E especialmente a um carinha, o único, que sabe exatamente todas as vezes que chorei, ri, bati cabeça na parede, sofri e comemorei: Deus. OBRIGADA. Revendo essas fotos todas só posso sentir e agradecer. To indo ali me aventurar um pouquinho e mesmo sem saber direito o que vai ser, quero convidar todos vocês pra minha nova caminhada. Porque seja ela qual for, só vai ser, se for com vocês. Vamos? (fotos desse post nos stories e na minha página do face.)

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"Agora embarco em novos desafios e diferentes empreitadas com a mesma vontade de fazer dar certo, claro. Mas sonho é um só; foi aquele. E tá realizado. Sem modéstia mas com humildade posso dizer; tá entregue", escreveu Fernanda após deixar o "Esporte Espetacular".

"E com pacote completo. Barba, cabelo e bigode. Copas, olimpíadas, e apresentações. Transmissões, quadros e reportagens. Ceguinho, 7 x 1 e choro. Gafes sorrisos, vivos. madrugadas, tardes e noites. Fiz de tudo, um muito... e de tudo, tudo foi incrível. Inesquecível."

Veja abaixo o texto na íntegra.

"De todos os textões já escritos aqui, esse é um dos mais difíceis. Não sei nem por onde começar... e antes da primeira frase, já tinha aqui uma primeira lágrima. E quanto decido por onde começo, o tal filme na cabeça já tá rodando: o desejo adolescente de trabalhar com esporte, os perrengues, conquistas, lições, quedas, e enfim 13 anos realizando o sonho -dos 13, 10 na casa. Diante desse longa, o coração fica curto. Apertado. Pequeno. Pequeno de tanta coisa grande dentro dele.

Que delícia é fechar um ciclo com a sensação de missão cumprida, mas que difícil é despedir do gostinho de realizar um sonho todos os dias. Que realização é partir para um novo e imenso desafio, mas que diferente é sair daquilo com o qual você mais sonhou a vida toda. Opa, minto. A vida toda não; por 19 anos. Na verdade esse foi o tempo que vivi sem trabalhar com o esporte. Considerando que até 13 só tinha olhos para Sandy & Jr., então 6 pelo menos foram desse lugar desenfreada e declarada para conseguir uma vaga no que que a gente sempre ouve como o "canal campeão". E quando chega nele vê que não é isso. E mais que isso - o canal campeão porque ele é feito por campeões.

E por 6 anos não medi esforços para entrar lá. Foi difícil entrar. E tá sendo difícil sair. Agora embarco em novos desafios e diferentes empreitadas com a mesma vontade de fazer dar certo, claro. Mas sonho é um só; foi aquele. E tá realizado. Sem modéstia mas com humildade posso dizer; tá entregue. E com pacote completo. Barba, cabelo e bigode. Copas, olimpíadas, e apresentações. Transmissões, quadros e reportagens. Ceguinho, 7 x 1 e choro. Gafes sorrisos, vivos. madrugadas, tardes e noites. Fiz de tudo, um muito... e de tudo, tudo foi incrível. Inesquecível.

E como tem muita letra pra pouco espaço, não posso deixar de agradecer em primeiríssimo lugar, os meus pais. Estavam lá pra duvidar, questionar, aplaudir de pé - e no início não era porque tava bom não, mas porque não tinha espaço pra sentar mesmo. Aplaudiram de pé a minha estreia no Esporte Interativo espremidos numa salinha. Quando trabalhei na editoria cidade na Band (não tinha vaga em esportes) me viram subir morro com colete à prova de balas, apreensivos. Me abraçaram quando pedi uma última chance para entrar no canal campeão através daquele curso da Vanessa Riche. Entrei. E eles de novo me aplaudiram, apreensivos, mas abraçados a mim.

Obrigada, Felipe, meu irmão, por sempre, sempre, SEMPRE acreditar. Até quando eu duvidei, você tava acreditando. Me olhava a cada degrau subindo com um sorriso - e uma covinha linha - como quem diz "não falei?". Amigas, amigos, família de sangue e família do trabalho: obrigada. Você que nem me conhecia mas me viu em algum momento na televisão e começou a me acompanhar; obrigada.

A você que não parou de me acompanhar por causa da cor do meu cabelo, da roupa que eu visto, ou porque gosto de amarelo e não de verde, muito mais obrigada. E especialmente a um carinho, o único, que sabe exatamente todas as vezes que chorei, ri, bati cabeça na parede, sofri e comemorei: Deus. OBRIGADA. Revendo essas fotos todas só posso sentir e agradecer. To indo ali me aventurar um pouquinho e mesmo sem saber direito o que vai ser, quero convidar todos vocês pra minha nova caminhada. Porque seja ela qual for, só vai ser, se for com vocês. Vamos?"