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Com ganho de R$ 500 mil por post, Caio Castro conta o que não anunciaria

Caio Castro - Reprodução/Instagram
Caio Castro Imagem: Reprodução/Instagram

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

01/08/2019 04h00

Caio Castro apareceu recentemente na lista das cem celebridades no mundo que faturam mais alto com publicidade no Instagram.

Segundo a plataforma "Hopper HQ", que apresenta métricas e valores relacionados à rede social, o ator global ganha cerca de US$ 138 mil (R$ 518 mil) por postagem na rede social e aparece em 29º lugar na lista liderada por Kylie Jenner, a caçula das Kardashian, que fatura em torno de R$ 4,5 milhões por post. O levantamento foi divulgado na semana passada.

Dos brasileiros à frente de Caio no ranking, estão Neymar em nono lugar (R$ 2,7 milhões por postagem) e Ronaldinho Gaúcho (R$ 965 mil), em 20º. A influencer Camila Coelho aparece em 66º (R$ 106 mil) e Gracyanne Barbosa (R$ 75 mil), na posição 77.

Caio conta que aprendeu aos poucos a transformar sua rede social em mais uma fonte de renda.

"Qual é o lance da internet? É o poder da informação, do CPF cadastrado, você tem quase 17 milhões de pessoas cadastradas. Quanto vale essa carteira de cliente? Como capitalizar em cima disso? Poucos anos atrás, eu fiz o valuation [processo que estima o valor de uma empresa], tinha 7 milhões de pessoas e o resultado foi US$ 580 milhões. Como você administra US$ 580 milhões, se aquilo não é um dinheiro palpável? Como capitalizar em cima disso? Nessa época era um mercado novo, eu não era nem iniciante, percebi que tinha um tesouro na mão e que poderia trabalhar isso", explicou ele nos bastidores de A Dona do Pedaço, no Rio.

Atualmente com 17,4 milhões de seguidores, o ator, que interpreta o lutador Rock na novela de Walcyr Carrasco, anuncia de energético a óculos de sol, passando por barrinhas de frutas e câmeras de foto e vídeo voltadas para aventureiros e esportistas.

Caio diz que seleciona bem os anunciantes e que não subestima o público.

"As bebidas que ninguém toma muito, eles vêm com um caminhão de dinheiro para você, de mudar sua vida. Você fala: 'Mano, que é isso e tal. Pô, vai mudar a minha vida, mas vai estragar um monte'", disse ele nos bastidores da novela das 21h no Rio.

"O público não é besta, não subestimo o público em momento algum. No meu caso, sou responsável por aquilo que eu falo, mas ao mesmo tempo fico pensando: 'Quantas pessoas que me seguem não têm ainda o cognitivo desenvolvido, têm um lado de carência e veem em mim um estilo de vida a ser seguido?' O que posso fazer?' Ser honesto. Um refrigerante, eu gosto, mas eu não tomo muito. Então não vou fazer propaganda para fazer as pessoas tomarem muito...", explica.

Entre os produtos vetados, além de refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas que não consome, estão marcas de cigarro. Caio diz que não faria propaganda de cigarro por dinheiro nenhum.

Antes de A Dona do Pedaço, Caio viajou o mundo durante seis meses patrocinado por empresas e mostrou no Instagram sua passagem por cidades de Portugal, Espanha, Marrocos, Itália, França, Suíça e Rússia. Ele confirma que a grana que fatura na rede social daria para viver bem sem a profissão de ator.

"Vale para viver, mas isso aqui [atuar] é uma extensão da minha pessoa, não vivo só pelo dinheiro."

Caio analisa como a rede social se transformou numa plataforma de negócios em tão pouco tempo.

"A gente vê claramente essa plataforma que se tornou o mercado, tanto que hoje tem a profissão blogueira, mas, ao mesmo tempo, isso que acho muito legal da internet, você acaba descobrindo talentos, que até então era monopólio da nossa emissora e hoje não é assim, o que é legal para nós."

Para o ator, a concorrência a partir do surgimento de novos talentos nas redes sociais é positiva.

"Talvez não seja legal para eles, mas na minha visão é legal porque concorrência gera qualidade. A TV Globo sempre foi TV Globo, hoje continua, mas tem um monte de gente aí também correndo por fora, então isso gera competitividade", observa.

O ator destaca o espaço conquistado pelo influencer Whindersson.

"O caso que vejo, por exemplo, é o Whindersson, o cara veio do interior de Piauí e o moleque é um fenômeno. Acho isso muito maneiro da internet por trazer quem não tem voz e dar. Ao mesmo tempo, dá voz pra gente ruim, que propaga a discórdia."

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