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Betty Lago teria sido manipulada a assinar testamento horas antes de morrer

A atriz Betty Lago - Reprodução
A atriz Betty Lago Imagem: Reprodução

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

14/08/2019 16h05

Os filhos da atriz Betty Lago, que morreu em 2015 após lutar contra um câncer, estão brigando na justiça pela herança. Segundo o programa A Tarde é Sua, da RedeTV!, de hoje, a atriz teria sido manipulada a assinar o testamento em seus últimos momentos de vida sob efeito dos fortes medicamentos que tomava, sem saber o que estava assinando.

O filho Bernardo ficou com 80% dos bens no testamento, mas a irmã, Patrícia, pediu a equiparação em 50% para cada e um novo administrador dos bens, pois o irmão já teria perdido um dos apartamentos em leilão por não ter pago o IPTU. Duas salas comerciais também estariam indo a leilão, pelo acúmulo de dívidas.

Bernardo foi dado como morto no processo, o que foi alegado por seu advogado ter sido um "erro de digitação" do tribunal. De acordo com o colunista do programa, Alessandro Lo-Bianco, a advogada de Patrícia, Fernanda Lins, afirmou que o testamento foi manipulado, caracterizando "crime de captação dolosa", já que o documento teria sido assinado em 13 de setembro, poucas horas antes do falecimento de Betty.

Conforme Lo-Bianco, o médico particular da família atestou dez dias antes da morte que a atriz estava "gravemente debilitada, em estado de confusão mental". Dois dias antes do falecimento, entre 11h e meio-dia, um atestado da médica do Homecare diz que ela estava com "grau de orientação confuso, desorientado, grau de consciência no pior estágio, torporoso".

Em 12 de setembro de 2015, véspera da morte, a mesma médica retornou e fez o mesmo atestado. As observações diziam também que Betty "não abria mais os olhos" nem "conseguia completar palavras", tendo "momentos de alucinação".

Ainda de acordo com o "A Tarde é Sua", as testemunhas do testamento também são questionadas: uma amiga de Bernardo; Guilherme Linhares, ex-companheiro de Betty, professor de educação física de Bernardo e morador do edifício onde fica um dos apartamentos da herança; e a diarista, que trabalhava na casa da atriz há 30 anos.

O colunista acrescenta que o cartório está sendo processado porque um tabelião esteve presente no apartamento e a data da assinatura do testamento, feita no dia da morte, foi colocada como sendo de dois dias antes. As revelações jogam por terra a ideia que Betty teria beneficiado Bernardo ao invés de Patrícia, levando as investigações para a hipótese de a atriz ter morrido sem saber o que estava assinando.

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