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Angélica se diz assustada com chance de ser primeira-dama: "Nunca quis"

Angélica e Luciano Huck na inauguração dos novos estúdios da Globo - Victor Pollak/Globo e Paulo Belote/Globo
Angélica e Luciano Huck na inauguração dos novos estúdios da Globo Imagem: Victor Pollak/Globo e Paulo Belote/Globo

Do UOL, em São Paulo

03/10/2019 13h02

A apresentadora Angélica falou sobre uma possível candidatura do marido, Luciano Huck, à presidência da República em 2022. Em entrevista à revista Marie Claire publicada hoje, a artista se disse assustada com a possibilidade de ser a primeira-dama do Brasil.

"Sim (assusta a chance de ser primeira-dama). Não é um desejo meu. Seria uma honra? Claro. Mas nunca quis isso. No Brasil, em vez de a política ser algo do qual as pessoas se orgulham, dá medo. Mesmo sem ser candidato, Luciano já apanha de todos os lados. Estamos acostumados com fake news, mas de um jeito menos sujo. Por outro lado vejo isso, digamos, como um "chamado", que ele não buscou. É uma coisa tão especial, que se ele decidisse se candidatar, o apoiaria.", contou.

Angélica também admitiu que as conversas para uma possível candidatura em 2022 acontecem na casa dos Huck e que revelou uma certa cobrança para que Luciano dispute a eleição presidencial.

"As coisas estão tão loucas que essa cobrança voltou. Sinceramente, estou muito Zeca Pagodinho, deixando a vida me levar. Pode acontecer muita coisa boa, se Deus quiser, nos próximos anos. A perspectiva é essa? Não, a coisa está cada vez mais complicada", afirmou.

Durante a entrevista, a apresentadora disse que tem viajado para fora do país e que se sente "desconfortável" com a imagem do Brasil no exterior.

"Fomos viajar agora e é desconfortável ver como as pessoas veem o Brasil lá fora, com pena. Estamos vivendo downgrades, andando um pouco para trás e isso é muito assustador", comentou.

Acidente de avião

Angélica também lembrou os traumas após o acidente de avião que sua família sofreu em 2015. A apresentadora deu detalhes dos momentos que antecederam a queda.

"O primeiro a ter noção do que estava acontecendo foi o Joaquim. Ele sentiu que um dos motores havia parado e gritou: "Mãe, não quero morrer, vai cair o avião!". Perguntei pro Luciano, que falou: "A gente vai cair". Fiquei preocupada com as crianças, mas não sabia o que fazer. Entramos em pânico, você perde o raciocínio, fica querendo proteger os outros e a si mesmo. Rezei muito alto. Foram três minutos de queda rezando e chorando. Os últimos segundos foram de silêncio absoluto. Na hora em que o avião ia realmente cair, todo mundo parou. O piloto falou para fazermos posição de queda. Foi um silêncio bom. A gente já não estava mais ali. Só ouvimos o avião batendo no chão. Deu até uma paz, uma coisa bem louca - todo mundo sentiu isso. Quando o avião parou, olhamos um para a cara do outro, e começou a gritaria. O comandante estava ensanguentado, a babá tinha se machucado. São traumas para a vida inteira", revelou.