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Fora do SBT, Leo Dias fará livro sobre sequestro de filha de Silvio Santos

Silvio Santos e Patricia Abravanel após sequestro, em 2001 - Paulo Whitaker/Reuters
Silvio Santos e Patricia Abravanel após sequestro, em 2001 Imagem: Paulo Whitaker/Reuters

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

26/11/2019 17h57

Leo Dias definiu que o seu próximo livro será sobre o sequestro de Patrícia Abravanel, ocorrido em 2001, para ser lançado em 2021 — ano em que o sequestro da filha de Silvio Santos completará 20 anos. O jornalista e colunista do UOL diz que, com a saída do SBT, poderá se empenhar de forma intensa no novo projeto em parceria com Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE e autor do livro Elite da Tropa, que inspirou o filme Tropa de Elite (2007), de José Padilha.

"Com a saída do SBT estou livre para seguir com esse projeto. Vamos contar a verdadeira história do sequestro, que até hoje o Brasil não entendeu e que tem uma série de incógnitas", promete.

Ele diz que tentou falar com Patrícia, mas não obteve retorno até o momento. "Durante os últimos meses a procurei por diversas vezes, mas ela não se mostrou muito disposta a falar. Até o final da apuração vamos ter um depoimento da Patrícia. Mas mesmo se ela não quiser colaborar o livro vai sair", diz.

Leo diz que o livro começará desde antes do sequestro até a morte de Fernando Dutra Pinto, o sequestrador de Patrícia Abravanel e de seu pai, o apresentador Silvio Santos, na cadeia.

"Já listamos todos os policiais que participaram da operação e vão contar em detalhes. A morte do sequestrador é questionável, mas não vamos fazer juízo de valor, apenas mostrar os fatos", declara o jornalista, que comemora o feito de 80 mil exemplares vendidos do livro Furacão Anitta, biografia sobre a cantora lançado neste ano. O novo livro de Leo Dias ainda não tem data definida de lançamento.

Saída do SBT

Leo Dias - Divulgação/ Instagram  - Divulgação/ Instagram
Leo Dias deixou nesta semana o SBT, onde apresentava o Fofocalizando
Imagem: Divulgação/ Instagram
Leo Dias surpreendeu a todos e pediu demissão do Fofocalizando, no SBT, na segunda-feira (25). Ao UOL, o apresentador revelou os motivos que o levaram a tomar a decisão de deixar o quadro da atração em que colabora há três anos. Ele afirmou hoje que sua saída foi oficializada hoje (26).

"O SBT concordou com a rescisão. Não mais mais negociação. O Fernando Pelégio [diretor de planejamento artístico e criação do SBT] perguntou, 'quando você pode vir assinar [a rescisão]? Perguntei se não poderia ser pelo correio", afirmou ele.

O jornalista ficou extremamente magoado com a suspensão de uma semana do programa, segundo ele sem justificativa.

"Muita gente acha que tomei essa decisão de cabeça quente, mas não foi. Precisei entrar em contato com vários jornais para ter a minha coluna publicada. Fechei com o Diário de São Paulo, Jornal de Brasília, Jornal Bom Dia, de circulação no interior de São Paulo. Esses veículos vão suprir a falta do dinheiro do SBT. Não preciso do SBT e ele não precisa de mim", dispara o apresentador, que também é colunista do UOL.

Decidido a se desligar, Leo orgulha-se da sua história no canal. "Fui sim um dos responsáveis pela sobrevivência do Fofocalizando, mas nem por isso mereço ficar até o fim do programa", pondera o colunista, que tem gratidão enorme por Silvio Santos. "Só quero agradecer ao Silvio Santos. O Fofocalizando mudou a minha vida. Mas no momento em que eu percebi que pouco importa eu estar ou não no programa, quando fui suspenso por reclamar de cortarem meu microfone, eu decidi sair", justifica.