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Lima Duarte critica Regina Duarte: 'Chapeuzinho se encantou pelo Lobo Mau'

Lima Duarte completa 90 anos - Globo/ Paulo Belote
Lima Duarte completa 90 anos Imagem: Globo/ Paulo Belote

Do UOL, em São Paulo

29/03/2020 14h08

Lima Duarte completa 90 anos hoje e segue ativo no trabalho, assim como com seus pensamentos. Ele relembrou as amizades que fez ao longo da carreira, disse que nunca pensou em parar, além de alfinetar a ex-colega de profissão Regina Duarte.

"Me aposentar me daria mais tempo para pensar, mas há tanto a se fazer ainda", disse o ator em entrevista para o jornal Extra.

Com uma respeitável lista de personagens marcantes, como o Sinhozinho Malta de "Roque Santeiro" (1985) e Sassá Mutema de "O Salvador da Pátria" (1989), ele guarda com carinho nomes de amigos que fez em seus trabalhos.

"São tantos. Minha companheira Fernanda [Montenegro], a querida Laura [Cardoso], A Bianca [Bin] e o [Sergio] Guizé", disse.

O casal citado se tornou vizinho de Lima em um sítio no interior de São Paulo. "Faz tempo que não os vejo. Combinei de fazer um churrasco para eles, mas não sabemos se vai haver mais churrascos e amigos... Ou sairemos dessa mais gordos ou mais loucos", avaliou sobre a atual situação mundial com a pandemia do novo coronavírus.

Já sobre Regina Duarte, atual secretária de Cultura do governo, ele não poupou críticas: "Convivemos um bom tempo, mas nunca consegui realmente penetrar na alma dela. Quando a vi seduzida pelo atual presidente e vi aquele sorrisinho dela que virou patrimônio nacional, pensei: 'A Chapeuzinho Vermelho se encantou pelo Lobo Mau. A Regina parece a Chapeuzinho. Tomara que não venha um filho disso daí, já pensou que tragédia?".

O ator também comentou como tem lidado com o período de quarentena que o país passa, afastado das pessoas. "Estou acostumado. Pela forma como nasci e fui criado, minha grande alegria é o pensamento. Eu gosto muito de pensar e tudo o que eu vivo e vejo no mundo são subsídios para o meu pensar", contou.

"Gosto de ficar com minhas plantas, meus livros. São eles que me fazem companhia. Às vezes, olho e vejo a morte na esquina. A morte quer me pegar, mas eu fujo dela. Ela fica me esperando: 'Cadê aquele fdp?'. Ninguém vai viver para sempre. O que me interessa é deixar meus ensinamentos, é saber que, enquanto estive aqui, me diverti", completa.