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Desmaio e olho de cabra: Relembre as polêmicas de 'No Limite'

Zeca Camargo apresenta a primeira temporada de "No Limite" (2000) - Divulgação/Viva
Zeca Camargo apresenta a primeira temporada de "No Limite" (2000) Imagem: Divulgação/Viva

Daniel Palomares

Do UOL, em São Paulo

26/04/2020 04h00

Enquanto o Brasil se prepara para lidar com o fim de uma das mais emocionantes temporadas do "Big Brother Brasil", um recado de Boninho trouxe um pouco de paz para o coração aflito dos viciados em realities e game shows.

A Globo pretende realizar uma nova temporada de "No Limite", competição que fez sucesso nos anos 2000, reunindo um grupo de pessoas dispostas a encarar desafios de habilidade e resistência para faturar um prêmio de até R$ 500 mil.

Como o futuro é incerto em tempos de pandemia e a emissora ainda não tem datas definidas para iniciar a produção do programa, nada melhor do que relembrar o que já aconteceu e torcer para que a nova temporada seja tão marcante quantos os anos anteriores.

Entendendo a dinâmica

O "No Limite" segue o formato popularizado pelo "Survivor", reality de competição dos EUA com mais de 30 temporadas, no ar desde 2000. Os participantes eram divididos em tribos e ficavam acampados em regiões inóspitas dos estados do Ceará, Mato Grosso e Pará. Munidos de apenas alguns itens básicos como machadinhas e cantis, eles precisavam competir em provas para obter mantimentos e imunidade.

A cada ciclo, as tribos cumpriam duas provas, em grupo ou individualmente. A prova da recompensa garantia prêmios que ajudavam a continuidade do jogo: comida, passeios ou utensílios para o acampamento. A prova de imunidade era uma disputa para seguir no programa. O grupo perdedor ia ao Portal e precisava votar no participante que seria eliminado.

Foi no tal Portal que tivemos um dos memes mais lembrados do programa até hoje. Na quarta temporada, Marcelo votou na companheira de grupo Júlia para ser eliminada, mas acabou confundindo a grafia do nome e virou piada na internet.

Banquete diferente

Algumas das provas mais esperadas pelo público em cada edição eram os banquetes. Para escapar da possibilidade de serem eliminados, os participantes precisavam comer quitutes pouco convencionais.

Entre os pratos mais lembrados está com certeza o olho de cabra, que precisava explodir na boca do competidor antes de ser engolido. Além disso, eles precisaram comer cabeças de galinha, gafanhotos e até vermes vivos.

Realmente até o limite

As provas exigiam bastante esforço físico e resistência, tudo realizado ao ar livre e debaixo de sol forte. Casos de desmaio não eram incomuns após a realização de uma tarefa, como aconteceu com Lhitts, participante da segunda temporada.

A programadora não conseguiu escalar um ponto mais alto da Chapada e acabou desmaiando e só se reestabelecendo após cinco horas. Por ter passado mal durante a noite, Lhitts preferiu não dormir no acampamento e acabou desclassificada. A Globo, porém, garantiu que ela recebesse o prêmio de R$ 3 mil e o carro que eram recompensas da prova.

Tudo nos conformes

O "No Limite" causou controvérsia também fora do ambiente da disputa. Pressionada pela empresa que detém os direitos do reality show, a Globo fez um acordo e pagou pela licença do "Survivor" até comprar os direitos do formato original em 2009.

Foi neste ano, então, que a emissora conseguiu refazer o programa no Brasil, com direito até a usar a trilha sonora e alguns itens do formato original, como algumas provas e as famosas bandanas.

O que podemos esperar

Não sabemos ainda quando o novo "No Limite" irá ao ar, mas já tem gente interessada em participar do elenco. Felipe Prior, eliminado do "BBB 20" já comentou no Twitter que adoraria fazer parte da disputa.

Considerando que já se passaram 11 anos desde a última edição do reality, o mundo não é mais o mesmo. Será que as provas envolvendo animais vivos sendo devorados causariam polêmica entre o movimento vegano? Agora, com o avanço da internet e da tecnologia, os participantes também cairiam na patrulha do cancelamento? Vamos ter que esperar para descobrir.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado, a Globo não foi processada pela empresa detentora dos direitos do reality "Survivor" que originou o "No Limite".