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Apresentador curado da covid-19 critica: 'Não pude doar plasma por ser gay'

O apresentador Andy Cohen - Charles Sykes/Bravo/NBCU Photo Bank/NBCUniversal via Getty Images
O apresentador Andy Cohen Imagem: Charles Sykes/Bravo/NBCU Photo Bank/NBCUniversal via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/04/2020 21h02

O apresentador Andy Cohen, curado da covid-19, foi impedido de doar plasma no combate à doença causada pelo novo coronavírus. Ele reclama das regras que estão em vigor nos Estados Unidos e diz que só não pôde fazer a doação de sangue por ser gay.

"O coronavírus está devastando nosso planeta. O FDA [Food and Drug Administration, agência dos EUA] diz que há uma necessidade urgente de plasma dos sobreviventes [do coronavírus]. Todo sangue doado é testado para HIV, e um teste rápido de HIV pode ser feito em menos de 20 minutos. Então por que temos esta regra de três meses? Por que os membros da minha comunidade estão sendo excluídos de ajudar tantas pessoas que estão doentes e morrendo?", questionou ele no Instagram.

Em abril, o FDA chegou a relaxar suas restrições a doadores que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo — que normalmente se aplicava a homens homossexuais ou bissexuais —, e, agora, tais homens podem doar sangue três meses depois do último contato sexual que tiveram (antes, a proibição se estendia por um ano inteiro).

Ou seja, esta é a "regra dos três meses" citada por Cohen no desabafo. Estas exigências também se aplicam a relacionamentos homossexuais monogâmicos, mas deixam de fora os casais heterossexuais formados por um homem e uma mulher. Como o apresentador lembrou, as amostras de sangue são submetidas a testes após a doação.

"Eu me inscrevi em um programa de sobreviventes da covid-19 no qual você doa plasma, que é rico em anticorpos, para aqueles que ainda estão lutando contra o vírus. Eu fui informado de que as leis antiquadas e discriminatórias do FDA para prevenir HIV me tornam inelegível para doar sangue porque sou um homem gay", lamentou.