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OPINIÃO

Ricco: "BBB com máquina de ficar votando lá o tempo todo eu não concordo"

Do UOL, em São Paulo

29/04/2020 04h00

O BBB 20, vencido por Thelma na última segunda-feira, teve recordes de votação em um sistema que não há limite de voto por pessoa, o que rendeu até um certificado do Guinness Book, o livro dos recordes, pela maior quantidade de votos do público no mundo em um programa de televisão.

No podcast UOL Vê TV #25, Chico Barney e Flávio Ricco questionam o sistema de votação e a forma como ele facilita a participantes que tenham mais fãs em redes sociais e até mesmo o uso de robôs para ajudar um ou outro concorrente na disputa dos paredões.

"Eu não concordo com esse sistema de votação e eu sempre coloquei, concordo até com o Chico, o Chico deu essa sugestão do CPF. Sabe, esse negócio de máquina de votar, ficar votando lá o tempo todo eu não concordo. Bater recorde de votação, para mim não representou coisa nenhuma. O Guinness da Globo também não representou nada. O que eu quero é justiça no resultado, é um jogo que eu quero justiça no resultado", afirma Ricco (disponível no vídeo acima a partir de 4:43).

Para Barney, o formato acaba ajudando quem tem grandes fã-clubes, principalmente numa edição que foi marcada pela participação de famosos, e pode afastar o público comum do reality show.

"Eu acho que nos últimos anos o Big Brother e o horário nobre da Globo, e de outras emissoras, foi sequestrado por fã-clubes radicais, uma turma que tem muito tempo livre, uma turma que é muito apaixonada num culto à personalidade em vez do programa em si", diz Barney.

"Quem assiste o programa sem fígado, digamos assim, gostou do Babu, a gente vai ver em qualquer papo, qualquer enquete que o Babu era o favorito de uma média, do brasileiro médio, digamos assim. Esse público eu sinto que foi muito afastado das decisões do programa ao longo da temporada. Tudo decidido muito por emoções muito intensas por parte de jovens apaixonados que passam o dia votando", conclui o colunista do UOL.

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