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Mário Frias já viveu político corrupto, carente e de esquerda em novela

Mário Frias em "Senhora do Destino" Imagem: Reprodução

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

21/05/2020 15h35

Conhecido por papéis em "Malhação" e em outras novelas da Globo e RecordTV, Mário Frias, 48 anos, está próximo de estrear na política como novo secretário especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, substituindo a ex-colega Regina Duarte. Mas, ao menos na ficção, ele não é exatamente um novato no mundo dos engravatados de Brasília.

Entre 2004 e 2005, o carioca interpretou um deputado federal na novela "Senhora do Destino", escrita por Aguinaldo Silva e estrelada por Susana Vieira. O nome do personagem era pomposo e ao mesmo tempo bem brasileiro, Thomas Jefferson Bezerra de Souza, um político corrupto, mulherengo e quase sempre "forever alone", uma das figuras paralelas da trama.

Midiático e carente

Thomas era descrito pela própria Globo como um jovem político "autocentrado e de posicionamento radical de esquerda". Uma figura egoísta e abastada, que tinha como objetivo central fazer qualquer coisa para aparecer na TV e nas páginas de jornais e revistas.

Batizado em homenagem ao terceiro presidente dos Estados Unidos, ele dividia o tempo entre Brasília e suas muitas reuniões políticas no Rio, onde promovia eventos e trambiques com intuito de se promover e ganhar votos, especialmente na periferia.

Apesar do cargo de destaque, personagem não se enxergava como ambicioso na profissão. Um dos motivos: sua vida amorosa era um desastre e sugava sua energia. Thomas passa boa parte dos capítulos tentando encontrar o par perfeito, e falhando miseravelmente na missão.

Paixão não correspondida

No início, Thomas Jefferson era perdidamente apaixonado por uma menina sensível e de família rica, Maria Eduarda (Débora Falabella, a Duda). Thomas a considerava sua noiva, embora ela o visse apenas como amigo, já que seu coração estava nas mãos do maître Viriato (Marcello Antony), filho da protagonista Maria do Carmo.

Imagem: Reprodução

Esnobes, os pais de Duda, Leonardo (Wolf Maya) e Gisela (Angela Vieira), não aceitavam o relacionamento dela com um homem de classe "inferior", e por isso sempre tentavam empurrá-la a todo custo na direção de Thomas Jefferson. Mas dali nada saiu.

Em outra passagem, Thomas se interessou por Jennifer (Bárbara Borges), que era era apaixonada por Eleonora (Mylla Christie). Ela até topou sair com o político com intuito de esquecer o "amor proibido" —para os padrões das novelas da época— da filha do bicheiro Giovanni Improtta (José Wilker). A relação, obviamente, não durou.

Thomas ainda teria um pouco mais de sorte posteriormente na trama, ao conhecer a passista —e também golpista— Nalva (Tânia Khalill). O namoro engatou até o momento em que o político, ciumento e possessivo, pede para ela escolher entre o samba e o romance. Eles terminaram, mas depois reataram e se casaram, passando a viver em Brasília.

Mulherengo

Em entrevista na época da exibição de "Senhora do Destino", Mário chegou a afirmar que, apesar de todo lado tragicômico do texto de Aguinaldo Silva, ele não tinha pena de Thomas Jefferson, a quem descrevia como "eterno preterido".

Ele é carente, super-sozinho, que quer achar alguém maneiro. Mas não deixa de ser mulherengo. Pintou um rabo de saia, ele vai atrás
Mário Frias em entrevista na época

Não por acaso, o engomadinho se despediu da novela exatamente desse jeito. Passeando com Nalva em Brasília, ele se deparou com Viviane (Letícia Spiller), viúva do ex-prefeito Reginaldo (Eduardo Moscovis), e casada com Victório Vianna (Lima Duarte), e lançou a ela olhares carregados de segundas intenções.

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