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Leandro Narloch lamenta demissão da CNN e diz: "Não sou nem fui homofóbico"

Do UOL, em São Paulo

10/07/2020 17h46

O comentarista Leandro Narloch lamentou demissão da CNN Brasil e afirmou não ser homofóbico, em post publicado na tarde de hoje nas redes sociais.

Nesta semana, Narloch gerou indignação por usar termos como "opção sexual", restringir a contaminação por HIV à população homossexual e associá-la à promiscuidade.

"A cultura do cancelamento me pegou. A CNN informou agora que, depois da polêmica desta semana, decidiu rescindir o meu contrato. Lamento pelo motivo. Não sou nem fui homofóbico, tenho horror a homofobia e concordei explicitamente com a doação de sangue por homossexuais", disse ele, em comunicado.

"Me preocupa o clima da sociedade hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos ou terminologias sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido. Agradeço a todos da CNN e a amigos que expressaram apoio e tristeza pelo que ocorreu. E já antecipo anúncios dos próximos dias: um curso contra a cultura de cancelamento, temas 'sensíveis' e ideias proibidas, e uma frente para preservar a diversidade ideológica e a liberdade do debate", acrescentou, em seguida.

O colunista Fernando Oliveira, o Fefito, do UOL, apurou que o comentário de Narloch foi mal avaliado pela direção da CNN, que considerou ter havido homofobia.

Procurada, a emissora confirmou a dispensa de Narloch em nota: "A CNN Brasil comunica que decidiu rescindir o contrato do jornalista e escritor Leandro Narloch. A empresa agradece pelos serviços prestados no período em que ele fez parte de nossa equipe de analistas e deseja sucesso no seguimento da carreira".