Calabresa relembra preconceito no humor por ser mulher: 'Difícil me impor'
No "Conversa com Bial" desta madrugada, na Rede Globo, Dani Calabresa relembrou o preconceito e a dificuldade que enfrentou no meio humorístico por ser mulher no início da carreira, época em que se apresentava em stand-up comedy.
"Para os homens foi mais fácil porque [eles] têm permissão social", disse a humorista antes de exemplificar: "Fui criada ouvindo que eu não podia falar palavrão, mas os meus amigos homens arrotavam, peidavam, iam para o puteiro e contavam isso com orgulho. E quando uma mulher falava que pegava dois [homens], era chamada de louca, piranha e biscate".
"Então, para mim, foi difícil romper essa barreira e me impor em um lugar de que não sou louca, mas de que sou artista, comediante e escrevo piadas", ressaltou Calabresa, que apresenta o quadro "Interrompemos a Programação" no programa "Se Joga", da Rede Globo.
Ainda no assunto, ela concluiu: "Demora um tempo grande para as pessoas aceitarem isso e reconhecerem as comediantes maravilhosas que temos por aí. E temos tantas mulheres comediantes talentosas que, graças a Deus, estão conquistando um espaço cada vez maior".
Confusão a dois
O ator e humorista Fábio Rabin, amigo de longa data de Calabresa, também participou do programa e juntos relembraram de um episódio no começo da carreira em que ele foi defendê-la em uma briga e acabou dando uma cadeirada no contratante do show.
"Um cara da plateia começou a interromper o show enquanto eu estava me apresentando. Ele gritava 'gostosa', entre outras coisas", recordou Calabresa. "Quando terminou a apresentação, ele veio falar comigo e continuou. Então, o grupo todo veio [intervir] e começou uma briga no bar. O Rabin entrou no meio para me defender e deu um soco no gerente", disse.
Ao ouvir a história, Rabin corrigiu a amiga: "Eu acertei uma cadeirada no dono do bar. Foi uma fase em que a mira estava ruim, mas os entorpecentes estavam bons (risos)".
O "Conversa com o Bial" vai ao ar de segunda à sexta-feira após o Jornal da Globo.
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