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Repórter da GloboNews pede por reflexão sobre covid-19 após morte da mãe

Pedro Neville durante "É De Casa" - Reprodução/GloboPlay
Pedro Neville durante 'É De Casa' Imagem: Reprodução/GloboPlay

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/12/2020 11h30

O repórter Pedro Neville, da GloboNews, comentou no "É De Casa" de hoje a decisão de falar sobre a morte da mãe, vítima da covid-19, enquanto cobria as despedidas da atriz Nicette Bruno, também vítima da doença. Durante o bate-papo, o jornalista afirmou que não havia comentado o caso na emissora, mas que viu naquela ocasião uma oportunidade de fazer as pessoas refletirem sobre o assunto.

"Eu achei que era um bom momento porque ali eu estava fazendo a cobertura da morte da Nicette Bruno que é uma atriz tão carismática, tão querida, simpática e a gente tem ela como um pouquinho mãe, um pouquinho de avó de todo mundo. Achei que ali era o momento de falar da minha mãe também. Ela se foi tem um pouquinho mais de dois meses e eu nunca tinha comentado sobre isso na GloboNews", comentou o repórter.

Para ele, o momento foi oportuno para fazer com que as pessoas refletissem sobre a doença. "Já que tava todo mundo sensibilizado com aquele momento seria mais uma vez para todo mundo prestar atenção sobre a doença. Foi o que eu fiz. E eu acho que valeu muito a pena. Depois eu recebi muito carinho dos amigos nas redes sociais."

Neville também teve o pai, o irmão e a cunhada contaminados. Entretanto, os familiares apresentaram um quadro mais leve da doença. "Depois que ela se foi, eu continuei dando notícias sobre covid, entrevistas para esclarecer, nem que seja naquele momento que eu só dou um número eu me sinto nesse papel de jornalista que a gente está colaborando também um pouquinho para que mais informações vão até a população.

"Nós estamos acostumado a não misturar o pessoal com o trabalho nessa profissão de repórter, mas ali eu achei que valeria a pena para as pessoas repensarem sobre como é difícil ter um parente no hospital. A minha mãe teve que ficar um mês internada e a gente só tinha notícia uma vez por dia. Então foi mais uma forma de fazer com que as pessoas reflitam. Eu achei que ali também poderia valer como um serviço", finalizou.