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Polícia apreende passaporte e R$ 473 mil em imóveis de Nego do Borel

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

28/01/2021 07h50Atualizada em 28/01/2021 17h28

A Polícia Civil de São Paulo executou dois mandados de buscas e apreensão em propriedades de Nego do Borel e apreendeu o passaporte e cerca de R$ 473 mil em espécie no início da manhã de hoje. Segundo a delegada Sandra Ornellas, os agentes apreenderam também telefones e um computador.

A ação foi motivada pelas denúncias de agressão e abuso da ex-namorada do cantor, a atriz Duda Reis.

Nego do Borel - Divulgação - Divulgação
Agentes contam dinheiro apreendido na residência de Nego do Borel
Imagem: Divulgação

Apoiada por agentes do Rio de Janeiro, a equipe cumpriu os mandados na casa em que o cantor mora, em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes, e outro em um endereço no nome de Nego em São Paulo, onde ele foi localizado.

No início do mês, em outra busca, eles já haviam apreendido a réplica de um fuzil do artista, usado na prática de airsoft.

Segundo o "Bom Dia Rio", da TV Globo, que cobriu a operação na capital fluminense, as buscas estão relacionadas ao boletim de ocorrência que Duda Reis, ex-noiva do cantor, registrou na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em São Paulo, para onde se mudou depois do término do relacionamento.

Nego do Borel aparelhos - Divulgação - Divulgação
Aparelhos apreendidos na operação nas residências do cantor Nego do Borel
Imagem: Divulgação

A jovem, de 19 anos, afirmou ter sido vítima de estupro, violência doméstica e ter sofrido ameaças feitas pelo cantor, que nega.

Em resposta, ele também prestou queixa contra a atriz, por injúria, calúnia e difamação.

A reportagem ainda mencionou que outra ex de Nego, Swellen Sauer, também declarou que foi agredida pelo cantor com um soco na costela e sofreu uma tentativa de enforcamento com um cabo de celular durante o relacionamento, em 2013.

As acusações motivaram um novo inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro, aberto no último dia 19.

Procurado pelo UOL, Nego do Borel afirmou que já trabalha com sua equipe para provar que o dinheiro é de origem lícita.

"Eu comecei a trabalhar desde muito cedo, para ajudar a minha mãe com as despesas da casa. Trabalhei, busquei e graças à Deus conquistei o reconhecimento na profissão que sempre sonhei em ter", afirmou o funkeiro.

Com meu trabalho no funk, consegui mudar de vida, ajudar minha mãe, minha avó e até mesmo muitos amigos, além da minha comunidade. Tudo sempre de forma muito honesta inclusive o dinheiro encontrado na minha casa, em minha ausência enquanto eu estava a trabalho em São Paulo para compromissos de agenda. Estou com a consciência tranquila e ciente de que não há problema algum em guarda-lo em casa. Além disso, estou à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.