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'Foi devastador', lamenta Romana Novais ao lembrar período longe de Raika

Romana Novais  - Reprodução
Romana Novais Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/02/2021 00h41

Nesta quarta-feira, Thais Fersoza publicou a segunda parte do bate papo com Romana Novais, mulher do DJ Alok, em que a médica fala sobre maternidade e carreira profissional. Na entrevista, Romana relembra da chegada da Raika, segunda filha do casal, que nasceu de parto prematuro.

"Tive muitos medos nesse processo todo. Fui tomada de muitos sentimentos estranhos, angústia. Hoje, eu vejo que muitos desses medos eram importantes e muitas coisas eu não sinto mais, pois ficaram para trás. Mas tem coisas que ainda guardo em mim, que eu sinto muito. Uma delas foi ter ficado sem ter contato com a Raika quando ela nasceu. Isso ainda mexe muito comigo. Acho que foi a pior parte. Foi devastador", relembra ela, emocionada.

Isso porque, depois do parto, a médica ficou 13 dias longe da sua filha, pois estava com Covid-19, doença que acelerou o parto. No bate papo, Thais lembra que as duas se falaram à época e Romana estava emocionada com a notícia que iria para casa com Raika. "Depois de tudo isso que aconteceu com você, eu lembro quando a gente se falou e eu soube da sua volta para casa com ela. Você estava tão feliz", conta Thais.

Romana afirma que a youtuber deu muita força para ela nesse momento, além de demonstrar na conversa como admira ela, Michel Teló e as crianças. "Você me ajudou tanto, Tata. Eu e Alok a gente sempre fala em casa. Meu Deus, como a sua família é linda de se ver. Vocês são inspiração para a gente", diz ela.

No bate papo com Thais, Romana lembrou que o que fez diferença foi ela entender como funcionava seu corpo durante a gestação. "Essa questão de entender nosso corpo fez total diferença, pois se eu tivesse ficado em casa um pouquinho mais de 15 minutos correria o risco dela nascer em outro lugar e não no hospital. Sentir nosso corpo foi essencial para lidar com toda essa situação".

Segundo Romana, toda essa preocupação ainda tinha sido antes dela ter tido hemorragia, no período da contração. "Na nossa cabeça a gente ainda ia conseguir conter esse parto prematuro. Mas, na minha cabeça, eu sentia que ia ser naquele dia mesmo. Aí logo depois veio tudo isso que aconteceu, a hemorragia", afirma ela.

No vídeo, Romana afirma que a ideia para a escolha dos nomes dos filhos foi dela e da sogra. Do primogênito, ela que optou pelo nome de Ravi, enquanto o da caçula, Raika, foi sugerido pela mãe do Alok. "A gente estava um dia aqui em casa batendo papo, falando de nomes, e ela veio com essa sugestão. Comecei a trabalhar com essa ideia do nome. O Alok adorou o nome, achou forte", disse ela.

Depois de decidir por Raika, eles resolveram pesquisar o significado do nome e viram que tinha sentido com o que eles tinham vivido. "O Alok teve um sonho com uma menininha que dizia para não esquecer dela. Nossa primeira filha a gente perdeu por conta de um aborto espontâneo e ela era uma menina. Por conta disso, ele ficou com esse sonho na cabeça e muito mexido. Com o significado de vento, a gente achou que tinha tudo a ver. O vento que às vezes tira alguma coisa da gente é o mesmo que volta, que nos fortalece", diz ela.

Carreira

Na conversa, Romana afirma que Alok pretende diminuir o ritmo de trabalhos pós-pandemia. "Antes, o Alok tinha uma rotina muito louca. Passava mais tempo na estrada. Hoje em dia, por conta de tudo o que a gente está vivendo e da quarentena, se tem uma parte boa nessa história toda, foi a parte do Alok ficar mais em casa. Ele teve mais esse momento de família, ele me ajudou muito com o Ravi logo que ele nasceu. A gente teve nossos momentos juntos, coisa que a gente nunca tinha vivido porque Alok estava sempre na estrada. Era uma correria. Eram cinco shows em um fim de semana, além de durante a semana ele estar sempre em reunião ou no exterior. A gente decidiu que daqui para frente a gente quer ficar mais unido, ter mais momentos juntos e deixar a família em primeiro lugar", afirma.

Já sobre o seu retorno ao trabalho, a médica diz que tem planos para a volta. Para ela, não há pretensão em ficar sem exercer a profissão. "Eu fazia dermatologia, mas não consegui terminar ainda por conta do nascimento das crianças. Eu quero continuar trabalhando, sim. Não quero largar a medicina não. É o que me move, me dá mais sentido e complementa tudo. Eu sou uma pessoa ativa, ficar parada para mim não faz sentido", afirma ela.

Ainda no bate papo, ela lembra como conheceu o DJ. No início, ela tinha opiniões totalmente diferentes a respeito dele. "Eu imaginava que ele era da noite, mas descobri que era do dia. Ele não gosta de beber, muito família, totalmente diferente do que pensava. Eu era muito nova e fazia faculdade ainda quando o conheci", diz.