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Theodoro Cochrane: 'Devem achar que me beijaram e pegaram saliva do Giane'

Theodoro Cochrane virou youtuber aborda temas diversos; sendo que o favorito é "Playboy" - Reprodução/Instagram
Theodoro Cochrane virou youtuber aborda temas diversos; sendo que o favorito é 'Playboy' Imagem: Reprodução/Instagram

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

22/03/2021 04h00

Um boato de tanto ser contado pode ser assumido como verdade. Mesmo sem fundamento, às vezes a mentira cresce e vira até lenda urbana. Foi o que aconteceu com Marília Gabriela, Reynaldo Gianecchini e Theodoro Cochrane. Você já deve ter escutado a fake news: Marília Gabriela tinha um casamento de fachada para esconder o namoro do filho com o galã da Globo.

A história já foi desmentida inclusive por Theo Cochrane, que reuniu Gianecchini e a mãe em um vídeo em seu canal no YouTube (Téte a Theo) para abordar especialmente este caso.

Mas muita gente prefere acreditar em fantasia a aceitar que um homem sexualmente fluido pode se relacionar com uma mulher mais velha.

E foi essa a conclusão que o filho de Marília Gabriela tirou do caso. "As pessoas são muito julgadoras e caretas. São histórias estapafúrdias. Eu já devo ter beijado muita gente na vida que achou que ia pegar saliva do Giane", afirma ele em entrevista ao UOL.

O que eu poderia fazer para reverter essa lenda urbana eu fiz. Falamos abertamente. Não tem mais o que fazer para as pessoas acreditarem que isso é uma grande mentira e uma bobagem sem tamanho.

Ele não faz ideia de como nasceu esta fake news, que se propagou muito antes da era do WhatsApp. Mas o que Theo sabe muito bem é sobre fazer parte da indústria em torno de celebridades. Desde criança ele lidava com o assédio à mãe, que já era uma jornalista e comunicadora renomada da televisão.

E sofreu na pele ao ser exposto por uma foto não autorizada.

Theodoro Cochrane ao ser flagrado no Carnaval da Bahia - Juci Ribeiro e Raphael Castello/Divulgação/Schin - Juci Ribeiro e Raphael Castello/Divulgação/Schin
Theodoro Cochrane ao ser flagrado no Carnaval da Bahia
Imagem: Juci Ribeiro e Raphael Castello/Divulgação/Schin


As pessoas precisam que você venda a imagem do personagem que você faz. É o preço alto que eu pago. Eu fui tirado do meu direito de escolha de poder me expor ou não pelo filho da mãe do paparazzo.

Theodoro fala abertamente sobre sua sexualidade com o seu público no canal Téte a Theo, lançado há poucos meses. Ele já namorou mulheres e homens. Atualmente vive junto com o namorado Fabrício em São Paulo. O que aprendeu com o flagra do beijo?

"Não sei se mudou minha vida para melhor ou para pior, mas estou tentando servir de exemplo para pessoas que sofrem em suas casas por não se assumirem e a se entenderem no mundo. Que eu consiga ser uma voz a ser ouvida. Não é banalizar, mas falar de maneira mais corriqueira de um estilo de vida que não é o casado com mulher, com uma família com dois filhos, ou comendo a gatinha da vez".

Casamento aberto ou monogâmico?

"Cada relação é uma relação. No momento estou em uma relação monogâmica. Já tive uma relação aberta que foi a derrocada do relacionamento. Tentei e não funcionou. Sou um pouso possessivo, escorpiano. Não rola para mim. Mas não quer dizer que no futuro eu não possa virar um heterossexual poliamor e me case com um homem e uma mulher ao mesmo tempo".

Colecionador de Playboys

A revista "Playboy" faz parte da história de Theo Cochrane. Tanto é que ele criou um quadro específico no canal do YouTube para falar sobre o seu tema favorito. O ator tem todas as edições da revista no Brasil —são mais de 500 exemplares, incluindo edições autografadas, como as capas com Xuxa Meneghel e Claudia Raia.

Theodoro Cochrane tem a 'Playboy' com Xuxa Meneghel, de 1982, autografada - Reinaldo Canato/UOL - Reinaldo Canato/UOL
Theodoro Cochrane tem a 'Playboy' com Xuxa Meneghel, de 1982, autografada
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Top 3 das favoritas:

  • Mylla Christie
  • Maitê Proença
  • Bruna Lombardi

Lembro de ficar na banca de jornal vendo as revistas. A minha mãe gritava da janela do décimo andar, 'vem almoçar!'. Eu curtia a ideia, o editorial, a história da mulher até ela tirar a roupa... Depois eu descobri minha sexualidade com a revista. Bati muita punheta para mulher na 'Playboy'.

Conforme foi crescendo, Theo passou a ser seduzido mais pelo apelo estético do que sexual da publicação.

E assim ele virou um colecionador da revista:

Uma época meu quarto parecia uma oficina mecânica de tantos pôsteres com as mulheres peladas. Não é que eu ficava batendo punheta olhando para a parede. Eu achava bonito. Eu comecei a estudar a revista. Eu sabia o mês e o ano que todo mundo que tinha posado. E virava a atração no almoço por isso.